Drauzio Varella e a Leishmaniose

Leishmaniose por Drauzio Varella

Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.

SintomasOs principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarréia, sangramentos na boca e nos intestinos.

Diagnóstico O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.

Tratamento Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia.A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.

Recomendações* Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;* Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele pode se transformar num reservatório doméstico do parasita, que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais;* Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.


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3 Responses to Drauzio Varella e a Leishmaniose

  1. Veterinária Conservatóra says:

    “Em todo o país, a doença mata no mínimo dez vezes mais do que a dengue.”
    “É possível que dentro de alguns anos tenhamos uma vacina para humanos contra a leishmaniose”.

    http://www.hojeemdia.com.br/minas/mineiros-buscam-desenvolver-vacina-contra-leishmaniose-visceral-1.220858

    Leishmaniose não é brincadeira!

  2. Marli Pó Campos Assessoria says:

    Realmente, por isso essa campanha se empenha em conscientizar e prevenir as pessoas dessa GRAVE doença, que independente de nível social ou cultural, as pessoas não a conhecem e não sabem como ela está próxima e temos que nos prevenir dela urgentemente!!

  3. Diga Não à Leishmaniose says:

    Sim, não é mesmo. E é por sso que insistimos tanto em divulgar e informar sobre a doença para prevenir. Vc poderia escrever algo para postarmos aqui no site. Importante demais a observação e opinião dos que vivem de perto esse grave problema.

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