DESABAFO DE – Cláudia Fukumoto Uehara – bancária
Em dezembro, tive de levar meu companheiro canino para o sacrifício no Centro de Controle de Zoonoses. Ele mantinha seus quase 50 quilos, pêlo marrom brilhante e força física para puxar dois homens grandes quando queria brincar. Apenas seus olhos demonstravam cansaço e havia pequenas regiões faltando pêlo perto de uma orelha. O que chamou a atenção do veterinário foi um ferimento no nariz que não cicatrizava, e alguns ralados nas patas traseiras em regiões que batiam no solo quando ele se deitava, com seu modo bruto e desajeitado. Custamos a aceitar que ele estava doente. Cheguei a pedir um segundo exame, que também resultou positivo. Acabamos aprendendo que o transmissor é um pernilongo cerca de tres vezes menor que o Aedes aegypti, que transmite a dengue. Telas e mosquiteiros nem sempre barram esse inseto por causa do seu tamanho. Nos animais domésticos, ele procura regiões mais peladas como a barriga, o interior da orelha e a pele entre os dedos. Entre humanos, pessoas mais idosas e crianças pequenas podem ser vítimas fatais dessa doença. Citronela em spray ou em velas costumam ajudar, e há uma coleira muito indicada para repelir insetos e parasitas em geral. Também existe uma vacina que, a meu ver, ainda não é definitiva e deve passar por reformulações. Infelizmente não bastaram todos esses cuidados tomados desde a adoção do Atum, quatro anos atrás. No CCZ, o veterinário garantiu que ele não teria dor. Meu marido o colocou sobre a maca, o veterinário aplicou um sedativo, segurei uma pata e procurei conversar calmamente. Dizia que nós estávamos ali com ele e que tudo ficaria bem. Quando o veterinário percebeu que ele não tinha mais reflexos, aplicou a medicação e em alguns segundos sinalizou que o coração já não batia. Sinto sua falta, Tum-Tum. Com você aprendi que o coração da gente não explode por ter amor demais. Que a família pode crescer à vontade, porque a gente se apaixona pelo integrante novo mas o amor entre os veteranos não diminui. Somos pessoas melhores por sua causa. Descanse, amado companheiro. |
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Perdemos para a leishmaniose
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22:03
Nossa! Sinto muito! Fiquei muito emocionada com sua história.
Essa semana descobri que minha cachorrinha tb está com essa doença. Tem 10 anos que ela faz parte da minha vida e dorme na minha cama comigo. Não sei o que fazer, me sinto perdida, sem chão.
Não sei se opto pelo tratamento, pois tenho medo de colocar meus familiares em risco.