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Votuporanga tem primeira morte por leishmaniose

Outra pessoa, também com a doença, segue internada na Santa Casa de Votuporanga

Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
A Secretaria Municipal de Votuporanga anunciou na tarde de ontem que foi confirmada a primeira morte de humano da história de Votuporanga por leishmaniose. Um homem, de 56 anos de idade, morador do Cecap II, caminhoneiro, faleceu no dia 29 de maio deste ano, após ficar por sete dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP. O diagnóstico da doença saiu apenas depois de sua autópsia e a Secretaria de Votuporanga foi comunicada na última segunda-feira.
Outro homem, também com leishmaniose, de 81 anos de idade, morador do Cecap I, caminhoneiro, segue internado na Santa Casa de Votuporanga e passa bem.
Mais quatro pessoas, duas crianças e dois adultos, aguardam os resultados dos exames para a confirmação da doença em Votuporanga.
Fabiana Parma, secretária de Saúde do município, disse que o aparecimento da doença em humanos na cidade já era prevista, porque municípios da região já registraram casos.

A matéria completa você confere na edição de hoje do Jornal A Cidade.
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ASPECTOS CLÍNICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Diagnóstico Clínico
Lesões Cutâneas

Na apresentação cutânea da LTA as lesões de pele podem caracterizar a forma localizada (única ou múltipla), a forma disseminada (lesões muito numerosas em várias áreas do corpo) e a forma difusa. Na maioria das vezes a doença apresenta-se como uma lesão ulcerada única. Nas formas localizada e disseminada, a lesão ulcerada franca é a mais comum e se caracteriza por úlcera com bordas elevadas, em moldura.
O fundo é granuloso, com ou sem exsudação.
Em geral, as úlceras são indolores. Observam-se também outros tipos de lesão como úlcero-crostosa, impetigóide, ectimatóide, úlcero-vegetante, verrucosa, tuberosa, linquenóide e outras. Nestas formas, na fase inicial, é freqüente a linfangite e/ou adenopatia satélite, que poderia preceder a lesão de pele. Às vezes no cordão linfático podem se desenvolver nódulos, que se ulceram, lembrando a esporotricose.
As formas localizada e disseminada costumam responder bem à terapêutica tradicional. Na forma difusa, rara, as lesões são papulosas ou nodulares, deformantes e muito graves, distribuindo-se amplamente na superfície corporal, podendo assemelhar-se à hanseníase Virchowiana. Evolui mal por não responder adequadamente à terapêutica.
Lesões Mucosas

A apresentação mucosa da LTA é na maioria das vezes secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a resolução das lesões de pele. Às vezes, porém, não se identifica a porta de entrada supondo-se que as lesões sejam originadas de infecção subclínica. São mais freqüentemente acometidas as cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e cavidade oral. Portanto, as queixas mais comuns no acometimento nasal são obstrução, epistaxes, rinorréia e crostas; da faringe, odinofagia; da laringe, rouquidão e tosse; da cavidade oral, ferida na boca.
As lesões podem ser discretas com poucos sintomas, daí a necessidade de sempre se buscar a identificação de doença em mucosas. Ao exame clínico, pode-se observar nas mucosas atingidas infiltração, ulceração, perfuração do septo nasal, lesões ulcero vegetantes, ulcero crostosas em cavidades nasal, ulcero destrutivas. Poderá ocorrer destruição parcial ou total da pirâmide nasal e outras estruturas acometidas na boca. Outras mucosas, como língua e órgãos genitais, são raramente atingidas.
A presença de uma ou várias cicatrizes atróficas em pele ou história de úlcera cutânea com evolução prolongada, ao lado das queixas acima referidas, reforçam o diagnóstico clínico de leishmaniose mucosa. A ausência de cicatrizes não afasta a suspeita clínica de acometimento mucoso por leishmaniose.
A apresentação mucocutânea da LTA em que se verifica a presença de lesões associadas na pele e na mucosa, pode ser concomitante (o acometimento mucoso à distância da lesão ativa em pele), ou contígua (o comprometimento mucoso ocorre por extensão da lesão de pele situada próxima de mucosas).
O diagnóstico precoce de lesão mucosa é essencial para que a resposta terapêutica seja mais efetiva e sejam evitadas as seqüelas deformantes e/ou funcionais.
Comprometimento ganglionar

O comprometimento ganglionar pode ser primário (enfartamento de gânglios precedendo a lesão de pele) ou secundário (enfartamento de cadeia ganglionar na região da lesão de pele, após a identificação desta).
Diagnósticos Diferenciais

Nas lesões cutâneas, devem ser excluídas as úlceras traumáticas, as úlceras de estase, a úlcera tropical, úlceras de membros inferiores por anemia falciforme, piodermites, paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. A hanseníase virchowiana deverá ser excluída, principalmente no diagnóstico diferencial da leishmaniose cutânea difusa.
Nas lesões mucosas, o diagnóstico diferencial deve ser feito com a paracoccidioidomicose, hanseníase virchowiana, rinoscleroma, bouba, sífilis terciária, granuloma médio facial e neoplasias.
Métodos Auxiliares de Diagnóstico

Baseiam-se na evidenciação do parasita e em provas imunológicas. O material para evidenciação do parasita nos diversos exames direto ou indiretos pode ser a pele, mucosa ou gânglios acometidos.
Exame parasitológico

A evidenciação do parasita é feita através de exames direto e indireto. Para a pesquisa direta são utilizados os seguintes procedimentos: escarificação, punção aspirativa e biópsia com impressão por aposição (*). O sucesso no encontro dos parasitas é inversamente proporcional ao tempo de evolução da lesão cutânea, sendo raro após 1 ano.
A escarificação pode ser realizada na borda da lesão ulcerada mais recente sem secreção purulenta ou na superfície da lesão não ulcerada, utilizando-se um estilete descartável, lâmina de bisturi estéril ou palito de madeira, com extremidade em bisel, previamente esterilizado. Com o material coletado, realiza-se um esfregaço em lâmina. Na medida do possível coletar material abundante para aumentar a chance de positividade.
A punção aspirativa pode ser realizada utilizando-se uma seringa de 5 ml e agulha de 25 x 8, com 3 ml de solução salina estéril. Em centros de referência este procedimento pode ser realizado na investigação de comprometimento ganglionar primário.
A impressão por aposição é realizada através da compressão do fragmento de tecido, obtido por biópsia, sobre uma lâmina microscópica, após retirada do exsudato em uma superfície absorvente. Tanto o esfregaço como a impressão devem ser realizados sobre lâmina de vidro previamente desengordurada e seca. O material coletado deve ser fixado em metanol durante 3 minutos e corado pelas técnicas de Giemsa ou Leishman.
Histopatologia

A biópsia pode ser feita com “punch” de 4 a 7 mm de diâmetro, ou em cunha, com o uso de bisturi. Nas lesões ulceradas deve-se preferir a borda da lesão que, em geral, mostra aspecto tumefeito e hiperêmico. O local a ser biopsiado deve ser limpo com água e sabão, álcool iodado ou álcool a 95%. Os parasitas, quando presentes, são encontrados em vacúolos intracitoplasmáticos dos macrófagos ou nos espaços intercelulares, geralmente isolados. O diagnóstico de certeza pela histopatologia somente é dado quando se identifica nos tecidos o parasita. A experiência brasileira, em termos globais, revelou não ser alta a sensibilidade deste método. Indiscutivelmente a sensibilidade aumenta quanto mais recente for o caso.
Cultivo

É um método de confirmação etiológica e permite a definição da espécie de Leishmania envolvida. O parasita cresce relativamente bem em meios de cultivo, como o NNN e o LIT entre 24° a 26° C. Após o quinto dia já podem ser encontradas formas promastigotas do parasita. Para manter o parasita por longo tempo, o meio de escolha é NNN, enriquecido com uma fase líquida de LIT-BHI. O material pode ser obtido por punção-aspirativa ou por biópsia. O material obtido através de punção-aspirativa pode ser inoculado diretamente no meio de cultivo, enquanto que o obtido por biópsia deve ser colocado em solução salina com antibióticos (5.000.000UI de Penicilina e 1g de estreptomicina ou garamicina 2g, por ml de solução salina) durante 24 horas, à temperatura de 4° C. Após este procedimento, coloca-se o material no meio de cultivo.
A Inoculação em animais de laboratório

O animal de escolha é o hamster (Mesocricetus auratus) e os locais de preferência são as extremidades, principalmente as patas posteriores. O inóculo deve ser obtido a partir de uma suspensão homogeneizada do material de biópsia em solução salina estéril. As lesões no hamster desenvolvem-se tardiamente, sendo este método reservado para pesquisas. A L.(L) amazonensis e a L. (V.) guyanensis são os parasitas mais fáceis de serem detectados pelos métodos parasitológicos descritos.
Diagnóstico imunológico: o diagnóstico imunológico pode ser feito através da:
Reação de Montenegro (IRM), que traduz a resposta alérgica de hipersensibilidade celular retardada. A reação de Montenegro é realizada através da inoculação intradérmica de 0,1ml do antígeno padronizado em 40ug N/ml, na face anterior do antebraço esquerdo na pele sadia 2 a 3 cm abaixo da dobra antecubital. A leitura deve ser feita após 48 a 72 horas. A reação é considerada positiva quando a induração resultante for igual ou maior que 5 milímetros. É um teste de grande valor preditivo devido à sua sensibilidade, sendo positivo em mais de 90% dos casos de LTA exceto nas áreas onde predomina a L.(L) amazonensis onde a positividade pode ser bem mais baixa. Pode apresentar-se negativa nos seguintes casos:
nos primeiros 30 dias após início das lesões, excepcionalmente se prolongando;
nos casos de leishmaniose disseminada pode também ser negativa, positivando-se no decorrer do tratamento;
na Leishmaniose cutâneo-difusa;
na Leishmaniose Visceral;
em pacientes imunodeprimidos.
A reação de Montenegro pode ser positiva por exposição prévia ao parasita, sem aquisição da doença. Em população de área endêmica, na ausência de lesão ativa ou cicatriz, a positividade do Montenegro varia ente 20% e 30%. A positividade ao teste de Montenegro tem maior expressão no diagnóstico em pacientes recentemente introduzidos em áreas endêmicas. A reação de Montenegro geralmente permanece positiva após a cicatrização da lesão cutânea tratada ou curada espontaneamente. Nas lesões mucosas a positividade ao teste de Montenegro é mais intensa, podendo ocorrer até ulceração e necrose local.
Imunofluorescência indireta (IFI) e testes imunoenzimáticos (ELISA), expressam os níveis de anticorpos circulantes sendo realizadas em centros de referência. A positividade destes exames está associada ao tempo de evolução da doença sendo mais freqüente em presença de comprometimento de mucosas.
Tratamento

Os antimoniais pentavalentes são indicados para o tratamento de todas as formas de leishmaniose tegumentar, embora as formas mucosa e mucocutânea exijam maior cuidado, por apresentarem respostas mais lentas e maior possibilidade de recidivas. Visando padronizar o esquema terapêutico, a OMS recomenda que a dose deste antimonial seja calculada em mg/SbV/Kg/dia, SbV significando antimômio pentavalente. O antimonial – N- metil glucamina, apresenta-se, comercialmente, em frasco de 5ml, que contém 1,5g do antimonial bruto, correspondente a 425mg do antimônio pentavalente (SbV – antimônio pentavalente). Portanto, 1 ampola com 5ml tem 425mg de SbV, e cada ml contém 85mg de SbV. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelos antimoniais pentavalente, as drogas de segunda escolha são a Anfotericina B e a Pentamidina.
Antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime) (droga de 1ª escolha):
Lesões Cutâneas

Nas formas localizada e disseminada a dose recomendada varia entre 10mg a 20mg SbV/Kg/dia. Sugere-se 15mg SbV/Kg/dia, para o adulto e 20 mg SbV/Kg/dia para crianças durante 20 dias seguidos. Se não houver cicatrização completa após três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha. Na forma difusa a dose é de 15mg/SbV/Kg/dia, durante 20 dias seguidos. Na fase inicial, pode responder ao antimonial, porém são freqüentes as múltiplas recidivas, sendo necessário encaminhar o paciente para serviços especializados.
Lesões Mucosas

Em todas as formas de acometimento mucoso a dose recomendada é de 20mg/SbV/Kg/dia, durante 30 dias seguidos, de preferência em ambiente hospitalar. Se não houver cicatrização completa após três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha.
Modo de Aplicação

As aplicações devem ser por via parenteral, intramuscular ou endovenosa, no final do dia, para possibilitar o repouso após a aplicação. Por via intramuscular podem apresentar o inconveniente da dor local. Sugere-se, então, alternância dos locais de aplicação. Por via endovenosa, não há necessidade de diluição. A aplicação, com agulha fina, deve ser lenta (duração de 5 minutos).
Contra-indicações

Não deve ser administrado em gestantes e portadores de tuberculose pulmonar e malária. Nos casos de tuberculose pulmonar ou malária deve ser efetuado o tratamento destes primeiramente. Há restrições para o tratamento de portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias e Doença de Chagas, havendo necessidade de avaliação e monitorização rigorosa para orientação da conduta terapêutica.
Efeitos Colaterais

Podem ocorrer um ou mais efeitos colaterais, na seguinte ordem de freqüência: artralgia, mialgia, inapetência, náuseas, vômitos, plenitude gástrica, epigastralgia, pirose, dor abdominal, prurido, febre, fraqueza, cefaléia, tontura, palpitação, insônia, nervosismo, choque pirogênico, edema, insuficiência renal aguda (IRA). Pode ainda ocorrer erupção de herpes zoster.
Essas queixas são, geralmente, discretas ou moderadas e raramente exigem a suspensão do tratamento. Porém, nas doses de 20mg/SbV/Kg/dia, o antimonial pode atingir o limiar de toxicidade, podendo levar a alterações cardíacas e/ou renais que obriguem a interrupção do tratamento. Por isso deve-se proceder ao acompanhamento eletrocardiográfico semanal e avaliação da função renal, especialmente em pacientes acima de 50 anos.
Algumas vezes, no início do tratamento, há uma exacerbação do quadro clínico, com aumento do infiltrado, eritema das lesões, aumento da secreção nasal e faríngea. Presume-se que isto decorra de uma resposta aos antígenos liberados com a morte do parasita (reação do tipo Jarich-Herxheimer). Em casos de lesões de laringe, pode ocorrer edema e insuficiência respiratória aguda. Por isso é aconselhável que a medicação seja administrada por equipe especializada, em paciente hospitalizado e com possibilidade de ser traqueostomizado com urgência.
Recomendações: é necessária a abstinência de bebidas alcoólicas durante o período de tratamento, devido a alterações hepáticas. Também é recomendável o repouso físico durante o tratamento.
Tratamento para crianças: emprega-se o mesmo esquema terapêutico utilizado para o tratamento de pacientes adultos, com a recomendação da dosagem de 20mg/SbV/Kg/dia devido à melhor tolerância da criança aos antimoniais. É necessário apenas uma avaliação em cada caso com vistas a orientar a escolha da melhor via de administração (intramuscular ou endovenosa).
Drogas de 2ª escolha
Anfotericina B (Fungizon)

É a droga de segunda escolha, empregada quando não se obtém resposta ao tratamento com antimonial pentavalente ou na impossibilidade de seu uso. É a mais eficaz nas manifestações mucosas da leishmaniose, sendo as recidivas menos freqüentes. É importante esclarecer que a medicação deve ser feita sob vigilância, em serviços especializados, com o paciente hospitalizado.
Dose

Inicia-se com 0,5mg/kg/dia, aumentando gradualmente até 1mg/Kg em dias alternados, sem contudo ultrapassar a dose total de 50mg em cada aplicação.
Deve ser administrada até atingir as seguintes doses totais:
na forma cutânea: 1 a 1, 5g; e
nas formas mucosa e mucocutânea: 2,5 a 3g.
Se necessário, a dose total poderá ser elevada, desde que o paciente esteja sob vigilância clínica rigorosa, acompanhada das provas laboratoriais (uréia, creatinina e potássio), que permitam avaliar, principalmente, a função renal. O exame ECG também deverá ser realizado. Realizar avaliação clínica e laboratorial no início do tratamento, com exames bioquímicos do sangue para avaliação das funções renal (uréia e creatinina) e hepática (dosagem de bilirrubinas, transaminases e fosfatase alcalina) e hemograma, seguindo-se reavaliações semanais durante o tratamento. Em idosos, a reavaliação da função renal e cardíaca deve ser feita duas vezes por semana.
Modo de Aplicação

Deve ser administrada por via endovenosa, gota a gota, lentamente (4 horas de infusão), diluída em soro glicosado a 5%, utilizando equipo em “Y”, sendo um frasco com anfotericina e outro com 50 a 100mg de hidrocortisona, para a prevenção da flebite.
Contra-indicação: é contra-indicada a administração da anfotericina B em gestantes, cardiopatas, nefropatas e hepatopatas.
Efeitos Colaterais
São de ocorrência muito freqüente

Febre, anorexia, náuseas, vômitos e flebite, que podem ser atenuados ou evitados usando-se antipiréticos, antieméticos, ou 50 a 100mg de hidrocortisona, acrescentados ao soro.
Outros efeitos colaterais importantes que geralmente surgem no decorrer do tratamento são
Hipopotassemia, insuficiência renal, anemia, leucopenia, alterações cardíacas.
Pentamidina

É usada como medicamento alternativo nos casos que não respondem aos antimoniais pentavalentes ou na impossibilidade de seu uso. Tem-se obtido bons resultados, com baixas doses, na L. (V.) guyanensis.
Dose e Modo de Aplicação

Classicamente a dose recomendada é de 4mg/Kg/dia, por via intramuscular profunda, de 2 em 2 dias, recomendando-se não ultrapassar a dose total de 2g. O paciente deverá ficar em repouso 15 minutos antes e após as injeções.
Face à sua ação hipoglicemiante, a pentamidina deve ser administrada após a alimentação. Na Região Amazônica, em portadores de L. (V.) guyanensis, tem-se obtido bons resultados terapêuticos, com a dose total de 720mg, cujos efeitos colaterais são mínimos. Cada frasco/ampola contém 300mg. Apresenta-se sob a forma de dois sais, o mesilato e o isotionato, dando-se preferência ao último, pelas vantagens que possui em relação ao outro, quanto aos efeitos colaterais.
Contra – indicação: gestantes e portadores de diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática e doenças cardíacas; e em crianças com peso inferior a 8 kg.
Efeitos Colaterais

As reações adversas mais freqüentes são: dor, induração e abcessos estéreis no local da aplicação, além de náuseas, vômitos, tonturas, adinamia, mialgias, cefaléia, hipotensão, lipotímias, síncope, hipoglicemia e hiperglicemia. O Diabetis mellitus pode se manifestar a partir da administração da dose total de 1 grama. Recomenda-se o acompanhamento clínico e a realização de exame bioquímico do sangue para avaliação das funções renal (dosagem de uréia e creatinina) e hepática (dosagem das transaminases, bilirrubinas e fosfatase alcalina), periodicamente, no curso do tratamento, bem como a dosagem da glicemia e o acompanhamento eletrocardiográfico antes, durante e no final do tratamento. A glicemia deve ser acompanhada mensalmente, durante um período de seis meses, quando ultrapassar a dose total de 1g.
Critérios de cura: o critério de cura é clínico e recomenda-se que seja feito o acompanhamento mensal do paciente.
Forma cutânea

O critério de cura é definido pelo aspecto clínico das lesões: reepitelização das lesões ulceradas, regressão total da infiltração e eritema, até 3 meses após a conclusão do esquema terapêutico.
Forma mucosa

O critério de cura é clínico definido pela regressão de todos os sinais e comprovado pelo exame otorrinolaringológico, até 3 meses após a conclusão do esquema terapêutico. Na ausência do especialista, o clínico deve ser treinado para realizar pelo menos rinoscopia anterior. Nos locais onde não há clínico, o paciente deve ser encaminhado para o serviço de referência, para avaliação da cura.
Acompanhamento: o paciente deve retornar mensalmente à consulta durante três meses consecutivos após o término do esquema terapêutico para ser avaliada a cura.
Situações que podem ser observadas
Tratamento regular

Forma cutânea – é definido como aquele caso que utilizou 10 a 20 mg SbV/Kg/dia em até 30 dias, não ocorrendo intervalo superior a 72 h entre as doses.
Forma mucosa – é definido como aquele caso que utilizou 20 mg SbV/Kg/dia em até 40 dias, não ocorrendo intervalo superior a 72 h entre as doses.
Tratamento irregular

forma cutânea e mucosa – é definido como aquele caso que ultrapassou o tempo previsto para um tratamento regular ou que tenha ocorrido um intervalo superior a 72 horas entre as doses.
Falha Terapêutica – é definida como aquele caso que mesmo tendo realizado dois esquemas terapêuticos regulares não apresentou melhora clínica.
Recidiva: é definida como reaparecimento de lesão no mesmo local do processo anterior, a menos de um ano, após a cura clínica deste.
Abandono (sem seguimento do caso): paciente que não tendo recebido alta não compareceu até 30 dias após o terceiro agendamento para avaliação da cura. O 3º agendamento se refere ao 3º mês após o término no esquema terapêutico, período destinado ao acompanhamento do caso e a avaliação da cura.
Conduta frente às situações que podem ser observadas:
Tratamento regular

O paciente deve retornar mensalmente à consulta, durante três meses após o término do esquema terapêutico, para ser avaliado. Poderá receber alta no transcorrer deste período ou ser indicado o retratamento ao final de 3 meses.
Tratamento irregular

Caso o paciente tenha utilizado mais de 50% das doses preconizadas, observa-se as seguintes condutas:
Cura clínica

Alta
Melhora clínica

Observação por até 3 meses, quando será reavaliado para alta ou, ao final deste período, dar reinício ao esquema terapêutico completo;
Sem melhora

Iniciar de imediato o esquema terapêutico.
Caso o paciente tenha utilizado menos de 50% das doses prescritas, iniciar de imediato o esquema terapêutico completo, a não ser que se apresente clinicamente curado.
Abandono

Início do esquema terapêutico, a não ser que se apresente clinicamente curado.
ASPECTOS CLÍNICOS
Descrição
As manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral refletem o equilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema fagocítico mononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e as alterações degenerativas resultantes desse processo. Desse modo, observa-se que muitos dos infectados apresentam forma inaparente ou oligossintomática da doença, e que o número de casos graves ou com o cortejo de sintomatologia manifesta é relativamente pequeno em relação ao de infectados. Para facilitar o estudo pode-se classificar o Calazar da seguinte forma:
Inaparente: paciente com sorologia positiva, ou teste de leishmanina (IDRM) positivo ou encontro de parasito em tecidos, sem sintomatologia clínica manisfesta.
Clássica
Cursa com febre, astenia, adinamia, anorexia, perda de peso e caquexia. A hepatoesplenomegalia é acentuada, micropoliadenopatia generalizada, intensa palidez de pele e mucosas, conseqüência de severa anemia. Observa-se queda de cabelos, crescimento e brilho dos cílios e edema de membros inferiores. Os fenômenos hemorrágicos são de grande monta: gengivorragias, epistaxes, equimoses e petéquias. As mulheres freqüentemente apresentam amenorréia. A puberdade fica retardada nos adolescentes e o crescimento sofre grande atraso nas crianças e jovens. Os exames laboratoriais revelam anemia acentuada, leucopenia, plaquetopenia (pancitopenia), hiperglobulinemia e hipoalbuminemia.
Oligossintomática
A febre é baixa ou ausente, a hepatomegalia está presente, esplenomegalia quando detectada é discreta. Observa-se adinamia. Ausência de hemorragias e caquexia.
Aguda
O início pode ser abrupto ou insidioso. Na maioria dos casos, a febre é o primeiro sintoma, podendo ser alta e contínua ou intermitente, com remissões de uma ou duas semanas. Observa-se hepatoesplenomegalia, adinamia, perda de peso e hemorragias. Ocorre anemia com hiperglobulinemia. Geralmente não se observa leucopenia ou plaquetopenia.
Refratária
Na realidade é uma forma evolutiva do Calazar clássico que não respondeu ao tratamento, ou respondeu parcialmente ao tratamento com antimoniais. É clinicamente mais grave, devido ao prolongamento da doença sem resposta terapêutica.
Os pacientes com Calazar, em geral, têm como causa de óbito as hemorragias e as infecções associadas em virtude da debilidade física e imunológica.
Diagnóstico Diferencial
Muitas entidades clínicas podem ser confundidas com o Calazar, destacando-se, entre elas, a Salmonelose de curso prolongado (associação de esquistossomose com salmonela ou outra enterobacteria), cujas manifestações clínicas se superpõem perfeitamente ao quadro da Leishmaniose Visceral. Em muitas situações, esse diagnóstico diferencial só pode ser concluído através de provas laboratoriais, já que as áreas endêmicas se superpõem em grandes faixas do território brasileiro. Soma-se a esta entidade outras patologias: malária, brucelose, febre tifóide, esquistossomose hepatoesplênica, forma aguda da doença de Chagas, linfoma, mieloma múltiplo, etc.
Complicações: várias complicações são citadas por autores brasileiros e estrangeiros, a seguir apontamos as complicações mais frequentes quais sejam:
Afecções pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites
Complicações intestinais
Hemorragias gengivais
Traqueobronquites agudas
Anemia aguda em fase adiantada da doença, podendo levar o doente ao óbito
Tratamento
Os compostos antimoniais pentavalentes são considerados como primeira escolha no tratamento da leishmaniose visceral. As formulações de natimonial pentavalente (Sbv) disponíveis no mercado são à base de antimoniato N-metil-glucamina e estibogluconato de sódio.
Cada ampola de antimoiato N-metil-glucamina tem 5 ml, contendo 425 mg de Sbv. O estibogluconato de sódio apresenta-se também em ampolas de 5 ml, porám contendo 500 mg de Sbv.
O esquema terapêutico recomendado neste guia refere-se apenas ao antimoniato N-metil-glucamina, em razão da larga experiência de seu uso no país.
20 mg de Sbv Kg/dia, por via endovenosa ou intramuscular, com limite máximo de 4 ampolas/dia, por no mínimo 20 e no máximo 40 dias consecutivos.
Deve-se fazer acompanhamento clínico do caso e quando possível acompanhamento laboratorial para detecção de possíveis manifestações de intoxicação (hemograma e ECG).
Efeitos colaterais
Artralgias, mialgia, adinamia, anorexia, náuseas, vômitos, plenitude gástrica, pirose, dor abdominal, prurido, febre, fraqueza, cefaléia, tontura, palpitação, insônia, nervosismo, choque pirogênico, edema, herpes zoster, insuficiência renal aguda e arritmias. As manifestações digestivas de intolerância não conduzem à suspensão do tratamento e sim ao tratamento sintomático delas. Os pacientes com manifestações mais graves de intoxicação- arritmias – devem ser conduzidos a um serviço capaz de fazer o acompanhamento cardiológico e dar continuidade ao tratamento. Muitos pacientes são resistentes ao glucantime e devem ser tratados com Anfotericina B, sob orientação e acompanhamento médico em hospitais de referência, em virtude da toxicidade da droga. Outro medicamento disponível é a pentamidina, porém sua eficácia é bastante variável e pode causar efeitos colaterais severos. Os casos graves de Calazar devem ser internados e tratados em hospitais de referência. Os casos leves ou intermediários podem ser tratados em ambulatório.
Contra-indicações
Não deve ser administrado em gestantes, portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias, doença de Chagas e tuberculose pulmonar.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.
É uma zoonose em franca expansão geográfica no Brasil, sendo uma das infecções dermatológicas mais importantes, não só pela freqüência, mas principalmente pelas dificuldades terapêuticas, deformidades e seqüelas que pode acarretar. Ela vem ocorrendo de forma endêmico-epidêmica apresentando diferentes padrões de transmissão, relacionados não somente à penetração do homem em focos silvestres, freqüentemente em áreas de expansão de fronteiras agrícolas. Tem-se evidenciado a ocorrência da doença em áreas de colonização antiga. Nestas, tem-se discutido a possível adaptação dos vetores e parasitas a ambientes modificados e reservatórios. É importante problema de saúde pública pela sua magnitude, transcendência e pouca vulnerabilidade às medidas de controle.
Agente Etiológico: há diferentes subgêneros e espécies de Leishmanias, sendo as mais importantes no Brasil:
Leishmania (Leishmania) amazonensis: distribuída pelas florestas primárias e secundárias da Amazônia (Amazonas, Pará, Rondônia e sudoeste do Maranhão), particularmente em áreas de igapó e de floresta tipo “várzea”. Sua presença amplia-se para o Nordeste (Bahia, Ceará, Piauí), Sudeste (Minas Gerais) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso).
Leishmania (Viannia) guyanensis: aparentemente limitada ao norte da Bacia Amazônica (Amapá, Roraima, Amazonas e Pará) e estendendo-se pelas Guianas, é encontrada principalmente em florestas de terra firme – áreas que não se alagam no período de chuvas.
Leishmania (Viannia) braziliensis: tem ampla distribuição – do sul do Pará ao Nordeste, atingindo também o centro-sul do país e algumas áreas da Amazônia Oriental. Na Amazônia, a infecção é usualmente contraída em áreas de terra firme.
Além destas, existem outras espécies de Leishmania recentemente descritas: L.(V) lainsoni; L. (V) naiffi, com poucos casos humanos no Pará; L.(V) shawi encontradas nos estados do Pará e Maranhão.
Reservatório: varia conforme a espécie da Leishmania:
Leishmania (Leishmania) amazonensis: marsupiais e, principalmente, o roedor “rato-sóia” (Proechymis), além do Oryzomys.
Leishmania (Vianna) guyanensis: vários mamíferos foram identificados como hospedeiros naturais, tais como a preguiça (Choloepus didactylus), o tamanduá (Tamanduá tetradactyla), marsupiais e roedores.
Leishmania (Viannia) braziliensis: até o momento não se conseguiu identificar definitivamente nenhum animal silvestre como reservatório; no entanto, é freqüente o encontro de várias espécies domésticas albergando, em proporção expressiva, o parasita, como o cão (Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo), eqüinos e mulas (Ceará, Bahia e Rio de Janeiro) e roedores domésticos ou sinantrópicos (Ceará e Minas Gerais).
Modo de Transmissão
O modo de transmissão é através da picada de várias espécies de flebotomíneos (mosquito palha, cangalhinha, tatuquira etc), pertencentes a gêneros (Lutzomyia), dependendo da localização geográfica. Assim como os reservatórios, os vetores também mudam de acordo com a espécie de Leishmania:
Leishmania (L) amazonensis: os vetores são Lu. flaviscutellata, Lu. reducta e Lu. olmeca nociva (Amazonas e Rondônia), que têm hábitos noturnos, vôo baixo e são pouco antropofílicos.
Leishmania (V) guyanensis: os vetores são Lu.anduzei, Lu. whitmani e Lu. umbratilis que é o principal vetor, costumando pousar durante o dia em troncos de árvores e atacar o homem em grande quantidade quando perturbado.
Leishmania (Viannia) braziliensis: em área silvestre o único vetor demonstrado transmissor foi o Psychodopigus wellcomei, encontrado na Serra dos Carajás, altamente antropofílico, picando o homem mesmo durante o dia e com grande atividade na estação das chuvas. Em ambientes modificados, rural e peri domiciliar, são mais freqüentemente implicadas a Lu. whitmani, Lu. intermedia, Lu. migonei.
Período de Incubação: em média, de 1 mês, pode ser mais curto (2 semanas) ou mais longo (de 6 a 12 meses).
Distribuição
A LTA encontra-se, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre as seis doenças infecto-parasitárias de maior importância.
Distribui-se amplamente no continente americano, estendendo-se do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. No Brasil, tem sido assinalada em praticamente todos os estados, constituindo, portanto, uma das afecções dermatológicas que merece maior atenção. Na década de 50, houve uma diminuição geral da ocorrência da LTA, porém o número de casos vem crescendo progressivamente nos últimos 20 anos, descrevendo-se surtos nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (estado do Paraná), caminhando para ampla endemicidade. Surtos são associados à derrubada de matas para construção de estradas e criação de povoados em regiões pioneiras. Desta forma, a Leishmaniose Tegumentar é, fundamentalmente, uma zoonose de animais silvestres, que pode atingir o homem ao entrar em contato com os focos zoonóticos. Neste caso o maior número de acometidos é de adultos jovens, do sexo masculino, que desempenham atividades de risco (garimpo, desmatamento, atividades extrativistas), nas regiões Norte e Centro-Oeste. Também ocorre casos de Leishmanioses em outras regiões do país em áreas de colonização antiga, não associadas à derrubada de matas. Neste padrão, cães, eqüinos e roedores parecem ter papel importante como reservatórios do parasito.
O perfil dos pacientes apresenta mudanças, atingindo pessoas de todos os sexos e idades. Em 10 anos – 1987 a 1996, foram notificados em média 28.000 casos anuais de Leishmaniose Tegumentar Americana.
A Leishmaniose Visceral é, primariamente, uma zoonose que afeta outros animais além do homem. Sua transmissão, inicialmente silvestre ou concentrada em pequenas localidades rurais, já está ocorrendo em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar ou peri-domiciliar. É um crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.
É também conhecida como Calazar, Esplenomegalia Tropical, Febre Dundun, dentre outras denominações menos conhecidas. É uma doença crônica sistêmica, caracterizada por febre de longa duração e outras manifestações, e, quando não tratada, evolui para óbito, em 1 ou 2 anos após o aparecimento da sintomatologia.
Agente Etiológico

No Brasil, é causada por um protozoário da família tripanosomatidae, gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi. Seu ciclo evolutivo é caracterizado por apresentar duas formas: a amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em vertebrados, e a forma promastígota, que se desenvolve no tubo digestivo dos vetores invertebrados e em meios de culturas artificiais.
Reservatórios

No Brasil, os mais importantes reservatórios são o cão (Canis familiaris), e a raposa (Dusycion vetulus), que agem como mantenedores do ciclo da doença. O homem também pode ser fonte de infecção, principalmente quando o Calazar incide sob a forma de epidemia. Os cães infectados podem ou não desenvolver quadro clínico da doença, cujos sinais são: emagrecimento, eriçamento e queda de pêlos, nódulos ou ulcerações (mais freqüentes nos bordos das orelhas), hemorragias intestinais, paralisia de membros posteriores, ceratite com cegueira e caquexia. Pode evoluir para morte, nos casos mais graves. O reconhecimento das manifestações clínicas destes reservatórios é importante para adoção de medidas de controle da doença. Os canídeos apresentam intenso parasitismo cutâneo, o que permite uma fácil infecção do mosquito, e, por este fato, são os mais importantes elos na manutenção da cadeia epidemiológica
Modo de Transmissão

A Leishmaniose Visceral é uma antropozoonose transmitida pelo inseto hematófago flebótomo Lutzomia longipalpis, mosquito de pequeno tamanho, cor de palha, grandes asas pilosas dirigidas para trás e para cima, cabeça fletida para baixo, aspecto giboso do corpo e longos palpos maxilares. Seu habitat é o domicílio e o peridomicílio humano onde se alimenta de sangue do cão, do homem, de outros mamíferos e aves. As fêmeas têm hábitos antropofílicos, pois necessitam de sangue para desenvolvimento dos ovos.
Durante a alimentação, introduzem no hóspede, através da saliva, um peptídeo que se considera um dos mais potentes vasodilatadores conhecidos. Após 8 a 20 dias do repasto, as leishmanias evoluem no tubo digestivo destes mosquitos, que estarão aptos a infectar outros indivíduos.
Período de Incubação: varia de 10 dias a 24 meses, sendo em média 2 a 4 meses.
Período de Transmissibilidade: não ocorre transmissão direta de pessoa a pessoa. O homem pode transmitir a doença através dos insetos transmissores, na condição conhecida como Leishmaniose dérmica pós-calazar. A principal transmissão se faz a partir dos reservatórios animais enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante.
Suscetibilidade e Imunidade

A suscetibilidade é universal, atingindo pessoas de todas as idades e sexo. Entretanto, a incidência é maior em crianças. Existe resposta humoral detectada através de anticorpos circulantes. O Calazar é uma infecção intracelular, cujo parasitismo se faz presente nas células do sistema fagocitário mononuclear, com supressão específica da imunidade mediada por células, que permite a difusão e a multiplicação incontrolada do parasitismo. Só uma pequena parcela de indivíduos infectados desenvolve sintomatologia da doença. A infecção, que regride espontaneamente, é seguida de uma imunidade duradoura que requer a presença de antígenos, de onde se conclui que as leishmanias ou alguns de seus antígenos estão presentes no organismo infectado durante longo tempo de sua vida, depois da infecção inicial. Esta hipótese está apoiada no fato de que indivíduos imunossuprimidos (AIDS ou uso de drogas imunossupressoras) podem apresentar quadro de Calazar muito além do período habitual de incubação.
Distribuição, Morbidade, Mortalidade e Letalidade

Nas Américas, a Leishmania chagasi é encontrada desde os Estados Unidos da América do Norte (só um foco canino) até o norte da Argentina. Casos humanos ocorrem desde o México até a Argentina. No Brasil, é uma doença endêmica, mas ocorrem surtos com alguma freqüência. Está distribuída em 17 dos 27 estados da federação, atingindo quatro das 5 regiões brasileiras. Sua maior incidência encontra-se no Nordeste com 92% do total de casos, seguido pela região Sudeste (4%), a região Norte (3%), e, finalmente, a região Centro-Oeste (1%). Doença, inicialmente de distribuição rural e em pequenos centros urbanos, encontra-se em franca expansão para focos urbanos no Brasil.
Assim, observou-se no início da década de 80 surto epidêmico em Teresina e, de lá para cá, já se diagnosticou casos autóctones em São Luís do Maranhão, Fortaleza, Natal, Aracaju, Belo Horizonte, Santarém e Corumbá.
Tem-se registrado em média cerca de 1.980 casos por ano. O coeficiente de incidência da doença tem alcançado 20,4 casos/100.000 habitantes em algumas localidades de estados nordestinos, como Piauí, Maranhão e Bahia. As taxas de letalidade, que vêm sendo anotadas, chegam a 10% em alguns locais.
Calazar ou Febre Dum-Dum
É uma protozzose pela Leishmaniose donovani, que é transmitida pelos mesmos mosquitos vetores da leishmaniose tegumentar, ou seja, do gênero Lutzomya (antigamente, Phlebotomus).
Provoca febre, ascite (barriga d’água), hepatomegalia (grande fígado), esplenomegalia (aumento do baço), emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias.
É muito mais grave que a leishmaniose tegumentar, mais felizmente é muito mais rara, na proporção de 1 para 20 casos notificados em nosso país.
As medidas profiláticas são as mesmas da leishmaniose tegumentar.
LEISHMANIOSE VISCERAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Diagnóstico Sorológico
O exame sorológico é o procedimento de detecção mais fácil e eficiente para o diagnóstico do Calazar. As provas mais sensíveis, confiáveis e de fácil execução são a de imunofluorescência e a de ELISA, que podem ser realizadas na rede de laboratório do SUS.
Diagnóstico Parasitológico
Os exames são realizados de material retirado preferencialmente do baço e da medula óssea. O material deve ser colhido por punção e exige profissional treinado para praticá-la. O material pode ser examinado em lâminas coradas, inoculado em cultura ou em hamster, ou cultivado em meios apropriados.
Exames Complementares
Devido às alterações que ocorrem nas células sangüíneas e no metabolismo das proteínas é importante que se realize alguns exames laboratoriais, que servem não só para auxiliar na suspeição diagnóstica, mas também como acompanhamento do processo de cura do paciente.
Hemograma
Pode evidenciar, dependendo da forma clínica, uma pancitopenia: diminuição do número total de hemáceas, leucopenia com linfocitose relativa e plaquetopenia.
Dosagem de proteínas: há uma forte inversão da relação albumina/globulina, com padrões tão acentuados quanto no mieloma múltiplo.
Reação do formol-gel: positiva.
Fonte: gov.br

Mais esclarecimentos sobre a Leishmaniose

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).

Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.

Doença endêmica em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3000 casos por ano, sendo que mais de 5% dos acometidos vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento.

Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção – com inoculação do material em cobaias – ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência.

Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes especiais para cães, evitando que sejam picados pelos Lutzomia.

O controle dos vetores e tratamento das pessoas doentes são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral. Quanto aos cães contaminados, muitos veterinários indicam a eutanásia, sem frisar que existe tratamento para o cão, embora com ressalvas. Este não os cura, mas promove melhor qualidade e tempo de vida. No entanto, não são todos os animais que podem passar por tais procedimentos, uma vez que os fármacos utilizados são significantemente fortes, podendo colocar em risco a vida do indivíduo. Assim, o tratamento é indicado àqueles que não alcançaram a velhice e cujo rim não se encontra comprometido; desde que o dono se responsabilize pela continudade do tratamento (caro e longo) e promoção de cuidados específicos, orientados pelo médico veterinário. Dentre tais procedimentos, dois muito importantes são a utilização semanal de inseticidas na residência, e o uso de repelentes no cão, que impedem o contato de tais animais com os mosquitos transmissores da doença. Assim, nota-se a grande e nobre responsabilidade que o dono de um cão portador de leishmaniose tem perante seu animal e a sociedade.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:

A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Por Mariana Araguaia

Mais esclarecimentos sobre a Leishmaniose

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).

Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.

Doença endêmica em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3000 casos por ano, sendo que mais de 5% dos acometidos vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento.

Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção – com inoculação do material em cobaias – ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência.

Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes especiais para cães, evitando que sejam picados pelos Lutzomia.

O controle dos vetores e tratamento das pessoas doentes são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral. Quanto aos cães contaminados, muitos veterinários indicam a eutanásia, sem frisar que existe tratamento para o cão, embora com ressalvas. Este não os cura, mas promove melhor qualidade e tempo de vida. No entanto, não são todos os animais que podem passar por tais procedimentos, uma vez que os fármacos utilizados são significantemente fortes, podendo colocar em risco a vida do indivíduo. Assim, o tratamento é indicado àqueles que não alcançaram a velhice e cujo rim não se encontra comprometido; desde que o dono se responsabilize pela continudade do tratamento (caro e longo) e promoção de cuidados específicos, orientados pelo médico veterinário. Dentre tais procedimentos, dois muito importantes são a utilização semanal de inseticidas na residência, e o uso de repelentes no cão, que impedem o contato de tais animais com os mosquitos transmissores da doença. Assim, nota-se a grande e nobre responsabilidade que o dono de um cão portador de leishmaniose tem perante seu animal e a sociedade.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:

A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Por Mariana Araguaia

Informações importantes de causa e sintoma da leishmaniose em HUMANOS

O que é leishmaniose

A leishmaniose é uma doença provocada por parasita encontrado nos trópicos, sub-trópicos e Europa meridional. Leishmaniose é causada por infecção pelos protozoários do gênero Leishmania, os quais se espalham através da picada de mosquitos flebotomíneos, também conhecidos como mosquito palha ou birigui. Há várias formas diferentes de leishmaniose, sendo que as mais comuns são a cutânea, que causa feridas na pele, e visceral, que afeta alguns órgãos internos como fígado, medula óssea e baço.

Sinais e sintomas da leishmaniose cutânea

Pessoas com leishmaniose cutânea têm uma ou mais feridas na pele. Essas feridas podem mudar de tamanho e aparência com o tempo. Elas podem terminar parecendo com um vulcão com uma cratera central (úlcera). Algumas feridas são cobertas por uma crosta. As feridas da leishmaniose cutânea podem ser doloridas ou não. Algumas pessoas têm glândulas inchadas perto das feridas.

Sinais e sintomas da leishmaniose visceral

Pessoas com leishmaniose visceral geralmente têm febre, perda de peso, inchaço no baço e fígado, e alguns testes de sangue anormais. Por exemplo, pacientes geralmente tem baixa contagem de sangue, incluindo diminuição das células vermelhas (anemia), das células brancas e das plaquetas.

Como as pessoas são infectadas com leishmaniose

A principal forma de transmissão da leishmaniose é a picada das fêmeas dos mosquitos flebotomíneos. Pessoas podem não perceber a presença desses mosquito porque:

* Eles não fazem barulho ao voar.
* São pequenos.
* Suas picadas podem não ser notadas.

Os mosquitos flebotomíneos geralmente são mais ativos ao entardecer e à noite. Embora esses mosquitos sejam menos ativos durante as horas mais quentes do dia, eles podem picar se forem perturbados. Algumas espécies do parasita Leishmania também podem ser transmitidas por transfusões de sangue ou agulhas contaminadas. Também já foi registrada transmissão congênita, da mãe grávida para o bebê.

Diagnóstico da leishmaniose

O primeiro passo para o diagnóstico é verificar se a pessoa esteve em lugares onde a leishmaniose é encontrada e se apresenta sinais ou sintomas da doença. Amostras de tecido (por exemplo das feridas na pele) podem ser examinadas para procurar pelo parasita sob microscópio, em culturas, ou por outros meios. Testes de sangues que detectam anticorpos ao parasita podem auxiliar no diagnóstico de leishmaniose visceral. Algumas vezes os testes laboratoriais podem dar negativo, mesmo que a pessoa tenha leishmaniose.

Tratamento da leishmaniose

A pessoa com suspeita de leishmaniose deve procurar um médico para tratamento. As feridas na pele decorrentes da leishmaniose geralmente saram por si mesmas sem tratamento. Porém, isso pode levar meses ou até anos, e deixar cicatrizes feias. Outra preocupação é que alguns tipos de parasita se espalham da pele para o nariz e boca causando feridas nesses locais (leishmaniose mucosa). A leishmaniose mucosa pode aparecer até anos depois que as feridas originais na pele sararam. A melhor forma de prevenir a leishmaniose mucosa é tratar a infecção cutânea antes que ela se espalhe. Se não forem tratados, casos graves (avançados) de leishmaniose visceral podem causar morte.

Fonte : http://www.copacabanarunners.net/leishmaniose.html

Entrevista no programa PIC NIC da apresentadora Dani Franco na ClicTV

Ontem estive no programa PIC NIC sendo entrevistada pela minha amiga Dani Franco. Foi muito especial e esclarecedor nosso encontro. Eu e o fotografo Lionel Falcon, meu parceiro de campanha, estivemos lá falando sobre nossos trabalhos em prol da Divulgação dessa grave doença.

Confira!

Portal do Giro no Bairro – Laboratório veterinário doa coleiras contra leishmaniose

Portal do Giro no Bairro – Laboratório veterinário doa coleiras contra leishmaniose

Bayer HealthCare apoia bazar de Natal da ONG Adote um Gatinho

Com renda revertida para os cuidados de 350 felinos resgatados das ruas de São Paulo pela ONG Adote um Gatinho, a quarta edição do bazar de Natal, que conta com o apoio da Bayer HealthCare, acontecerá no próximo domingo, dia 04 de dezembro.
O tradicional bazar contará com a venda da nova coleção “Gato Preto dá sorte!”, composta por chinelos, camisetas, sacolas ecológicas, canecas e adesivos, além de outros produtos personalizados com a temática felina, como artesanatos e artigos para animais. Na ocasião, também será possível adquirir a agenda e o calendário anual da Adote um Gatinho, assim como participar da “Campanha da Sacolinha de Natal”, oportunidade em que o público presente poderá colaborar com itens para cuidados dos animais disponíveis para adoção como areia, ração e castração, entre outros.
A adoção de animais é realizada exclusivamente no site da ONG – www.adoteumgatinho.org.br -, não sendo os felinos expostos no dia do bazar.

IV Bazar de Natal do Adote um Gatinho
Data: 04 de Dezembro de 2011
Local: Clube Piratininga (Alameda Barros, 376 – Santa Cecília – São Paulo/SP)
Horário: 10h às 18h
Entrada franca

Sobre a Saúde Animal, da Bayer HealthCare
Proteger os animais e beneficiar as pessoas. É com esta missão que a Bayer pesquisa e desenvolve desde 1919 produtos farmacêuticos e de higiene para uso veterinário tanto para animais de companhia, quanto para animais de produção. Atualmente, aproximadamente 100 diferentes produtos são comercializados ao redor do mundo. No Brasil, a área de Saúde Animal atua em duas unidades de negócios: Animais de Companhia (cães e gatos) e Animais de Produção (Aves; Suínos e Aquacultura e Bovinos).
No segmento de Animais de Companhia, a Bayer oferece soluções eficazes e práticas para a saúde e bem-estar dos pets. Os destaques são a linha Drontal®, com a qual a Bayer HealthCare conquistou a liderança no segmento de vermífugos, o antiparasitário Advantage® Max 3 que trata a infestação, previne doenças e protege a saúde, o Advocate®com tratamento e proteção polivalente, e o vermífugo tópico para gatos Profender® SpotOn®, que combate todos os tipos de vermes adultos e larvas e garante uma aplicação sem estresse.

Falência de laboratório espanhol liberta 72 beagles usados como cobaias

Um grupo de 72 cães da raça beagle foi resgatado após a falência de um laboratório em Barcelona, na Espanha. A maioria dos animais, utilizados em testes de medicamentos e cosméticos, nunca havia saído da jaula.

Os cachorros foram libertados depois que a fundadora do Projeto Liberdade para os Beagles, Shannon Keith, viu as mensagens colocadas no Facebook por um funcionário do laboratório e por um ativista espanhol que havia sido contatado por ele.

“Eles diziam que o laboratório iria fechar e que mataria os cães se ninguém se comprometesse a cuidar deles. Eu entrei em contato e disse: ‘Nós nos comprometemos'”, contou Keith à “BBC Brasil”. O projeto é parte da ONG americana Educação da Mídia para o Resgate de Animais (ARME, na sigla em inglês).
O resgate aconteceu há cerca de uma semana em Barcelona, mas somente nesta quarta-feira 40 dos cachorros chegaram a Los Angeles, onde fica a sede do projeto. Outros sete beagles foram adotados na Espanha e o destino dos outros 25 cães é desconhecido.
“O laboratório parou de se comunicar conosco desde que os beagles foram libertados, e não sabemos o que eles fizeram com uma parte (dos cachorros). Só recebemos 40″, disse Keith.
Os animais, que têm entre 4 e 7 anos, viviam em jaulas individuais, agrupadas em quartos com 10 jaulas. Eles não tinham nenhum contato físico entre si. De acordo com Shannon Keith, é possível que eles estivessem participando de testes para o desenvolvimento de remédios ou cosméticos para humanos.
“Veterinários que examinaram os beagles encontraram vestígios de injeções de hormônios masculinos e de outras toxinas. Alguns deles têm tumores no estômago e a maioria tinha os dentes muito estragados. Tivemos que fazer um tratamento dentário em cada um deles.”

Beagles costumam ser usados para testes na indústria farmacêutica por causa de sua natureza dócil. O Projeto Liberdade para os Beagles deu início a uma campanha pela adoção definitiva dos animais, que estão em famílias adotivas temporárias.

Fonte UOL – http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/12/01/falencia-de-laboratorio-espanhol-liberta-72-beagles-usados-como-cobaias.jhtm

Vejam os videos da audiência pública sobre a leishmaniose em Brasilia.

http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cssf/videoArquivo?codSessao=00020001&codReuniao=27706#videoTitulo

http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cssf/videoArquivo?codSessao=00020001&codReuniao=27706

Campanha está em duas revistas do segmento pet neste mês.


A Revista Cães e Cia fala sobre a campanha e a Revista Cães e gatos, cita a campanha na feira Pet South América em outubro.

Mandetta quer comprovação de vacina contra leishmaniose – Progresso – Notícias de Dourados e Região

Mandetta quer comprovação de vacina contra leishmaniose – Progresso – Notícias de Dourados e Região

Brasilia – Mortes de animais com leishmaniose deixam moradores de comunidade em alerta

Publicação: 26/11/2011 09:48 Atualização: 26/11/2011 11:05

Diversas pessoas perderam animais de estimação por causa da leishmaniose na QI 25 do Lago Sul nas últimas semanas. Apenas no Conjunto 7, em menos de dois meses, três cães foram sacrificados. A comunidade cobra do poder público mais informações e ações preventivas, a exemplo das campanhas de combate à dengue. A leishmaniose já contaminou 296 animais entre janeiro e setembro deste ano. O último boletim epidemiológico divulgado pelo Núcleo de Controle de Endemias, Doenças Transmissíveis e Emergentes contabilizou 28 casos confirmados da doença em humanos no Distrito Federal. Desse total, apenas três pessoas contraíram a doença na capital.

A médica Graça Martins, 64 anos, teve de sacrificar os dois cães da família em apenas um mês. O último foi encaminhado para eutanásia há 15 dias. Na clínica veterinária, ela descobriu a ocorrência de três outros casos. Preocupada, ela procurou a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) para notificar o incidente e pedir ajuda. No Centro de Controle de Zoonoses de Brasília, a médica descobriu que o seu era o primeiro caso registrado na região. “Isso não é verdade. Apesar de a notificação ser compulsória, na prática, poucos avisam. A pior consequência dessa conduta é o risco para as pessoas. A leishmaniose é uma doença terrível, mas muita gente não sabe que o homem também pode se contaminar”, alerta.

Para conscientizar os vizinhos, ela distribuiu panfletos pedindo que os donos de cães avisassem as autoridades em caso de diagnóstico positivo para a enfermidade. Graça pediu também que a Dival faça o mapeamento da área para conhecer a real situação da QI 25. Até o momento, no entanto, a pesquisa ainda não foi iniciada. O veterinário da Dival Laurício Monteiro afirmou que a diretoria tem intensa atuação nas regiões onde a doença é considerada endêmica e que o Lago Sul faz parte da rotina de visitas de orientação. A QI 28 foi a primeira a ter registros de leishmaniose na cidade este ano.

Em agosto, a funcionária pública Natália Soares Carreiro, 46 anos, levou os dois cachorros para vacinar e o veterinário notou nódulos próximos aos olhos da labradora Mel, o que despertou a suspeita de leishmaniose. Em dois meses, veio a confirmação. A cadela definhou: perdeu peso e pelos, as unhas cresceram rapidamente, ficou com feridas abertas e os olhos enegreceram. “Quando chegou o resultado, não foi difícil sacrificá-la, já que ela estava passando por tamanho sofrimento”, lembra.

Ao comentar com outras pessoas sobre o caso, Natália constatou que muitos vizinhos haviam perdido animais por causa da doença. Ouviu também donos de cães com diagnóstico positivo afirmarem que não os sacrificariam. “É um absurdo. As pessoas precisam estar conscientes de que manter um cachorro neste estado representa um risco não só a outros animais, mas, principalmente, aos seres humanos”, lamenta a funcionária pública. Depois da morte de Mel, ela não pretende comprar outro cachorro. Agora, só há espaço para o gato, Beto.

Somente depois da experiência, Natália descobriu que o ideal é que o canil seja mantido em local ensolarado, seco e que folhas e frutas sejam recolhidas do jardim. A Dival realizou, em 2008 e em 2009, uma pesquisa por amostragem no Lago Norte e constatou que a média é de 1,14 mosquito por casa. A veterinária Maria do Socorro Laurentino de Carvalho, especialista no vetor da leishmaniose, explica que a época de chuvas e de temperaturas altas aumenta a infestação do inseto, portanto, o cuidado deve ser reforçado.

Do Correio Braziliense

Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães – Portal do Advogado | AdvoNews

Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães – Portal do Advogado | AdvoNews

Zoonoses é comparado a campo de extermínio

A Alemanha nazista construiu aproximadamente 20 mil campos que serviam como prisões para suas vítimas entre 1933 e 1945, dentre os campos estavam o de extermínio, construídos com o único intuito de realizar assassinatos em massa, bastava ser considerado inimigo que já era encaminhado para o campo. Em Sergipe parece existir situação parecida, só que as vítimas da vez são os cachorros e o campo, segundo relato de veterinários, seria o Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju.
Para que os animais sejam sacrificados precisam estar contaminados com a Leishmaniose, doença conhecida como calazar que não tem cura no animal e pode contaminar e matar humanos, deve existir um laudo médico constatando a doença assinado por dois médicos veterinários, no entanto, segundo denúncia do veterinário e presidente do sindicato da categoria, José de Souza Paixão, os animais estariam sendo sacrificados sem assinaturas, sem laudo e às vezes até sem a doença.
Segundo Souza, o exame custa apenas R$ 30,00 e até as clínicas particulares podem realizar gratuitamente pelo Hemolacen, no Parreiras Horta. “O problema dito pelo Zoonoses não tem uma posição muito concreta, coerente, correta é de que não tem o kit, mas tem horas que eles dizem que tem. Ninguém sabe realmente se tem ou não”, afirmou. O kit mencionado diz respeito à substância chamada antígeno utilizada para a realização do exame onde se constata a presença ou não da Leishmaniose.
Desse modo, para o veterinário, o principal intuito do Zoonoses não está sendo cumprido, que seria o de combater a proliferação e existência do calazar em Aracaju. “Animais poderiam estar sendo sacrificados sem necessidade, e o Zoonoses estaria sem cumprir a real função do combate à Leishmaniose. A maioria dos animais que eu vi sendo sacrificados não apresentava o exame e nem sintomas que indicassem a Leishmaniose. Se é como controle está totalmente inócua essa posição do Zoonoses”, pontuou Souza, ressaltando que alguns animais tinham até outras patologias como sarna, velhice, câncer, dentre outras doenças.

Mandetta pede comprovação de vacina contra leishmaniose – Campo Grande News

Mandetta pede comprovação de vacina contra leishmaniose – Campo Grande News

Ata do Seminário na cidade de Jales

Leishmaniose visceral canina

por Mayra Felício de Lima

No último dia 11, sexta-feira, ocorreu em Jales o II SEMINÁRIO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, organizado pela Comissão do Meio Ambiente da OAB/Jales e pela Associação Independente de Proteção e Bem Estar Animal de Jales. Com o objetivo de obter o maior número de informações sobre o tema, participei desse evento, que contou com a presença de grandes estudiosos sobre o assunto, entre eles o Dr. Fábio dos Santos Nogueira (Andradina/SP), o Dr. André Luis S. da Fonseca (Campo Grande/MS) e o Dr. Paulo Tabanez (Brasília/DF), todos sócios fundadores do BRASILEISH, que é um Grupo de Estudos em Leishmaniose Animal. A leishmaniose visceral é uma doença grave, que acomete os mamíferos, e se não tratada, pode levar à morte até 90% das pessoas acometidas. É causada pelo protozoário Leishmania, que é transmitido para o homem através da picada da fêmea de um inseto flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha, quando esta pica animais infectados e, posteriormente, pica os humanos. Nas áreas urbanas o cão é considerado o principal reservatório da leishmania, mas não o único, já que animais silvestres, gatos, ratos e mesmo o homem podem atuar como reservatórios. Quando infectados, os cães são considerados fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos. Como os sinais clínicos da leishmaniose visceral nos cães são comuns a várias outras enfermidades, o diagnóstico clínico é difícil, e a única forma de detectar a infecção nesses animais é com exames de laboratório específicos. Nos cães, os sinais clínicos mais comuns da Leishmaniose Visceral incluem: apatia, lesões de pele, queda de pêlos (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas), emagrecimento, conjuntivite; crescimento anormal das unhas. Procure sempre um Médico Veterinário, é o único profissional habilitado para a realização do diagnóstico da doença.
No Brasil, o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde recolhe e realiza a eutanásia dos cães infectados, mesmo os que não apresentam sinais clínicos. Em Fernandópolis, segundo a equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ainda não houve registro de casos positivos em cães neste ano, tendo sido realizados aproximadamente trinta exames em animais suspeitos. O Centro de Zoonoses de Fernandópolis realiza gratuitamente o exame de triagem da Leishmaniose Visceral Canina, basta ligar e agendar um horário para levar seu cão para a coleta do material realizada pelo Dr. Mileno. O material é enviado ao Instituto Adolfo Lutz, e demora aproximadamente vinte dias para ficar pronto.
Mas o não registro pelo CCZ de cães portadores de leishmaniose em nossa cidade não significa que estamos imunes à doença, pois cidades próximas como Jales, Urânia e Santa Fé do Sul, entre outras, são consideradas áreas endêmicas da Leishmaniose Visceral, o que significa, segundo os epidemiologistas, que é só uma questão de tempo para que Fernandópolis também comece a registrar casos de leishmaniose visceral em cães e/ou em humanos. Por isso, toda a população deve colaborar para o controle do inseto, que é o vetor da doença (que na realidade deveria ser o foco da atuação dos programas governamentais, visto que o controle através da eutanásia dos cães não tem surtido efeito, segundo a OMS), além de adotar medidas de proteção para os seus cães. Algumas recomendações:
-Mantenha o seu quintal limpo para evitar a procriação do mosquito;
- Não crie galinhas na cidade. A fêmea do mosquito palha precisa de sangue para maturação de seus ovos, e para isso picam principalmente as aves domésticas;
- Coloque produtos ou coleiras impregnadas com deltametrina 4% nos cães. É um método muito eficaz, recomendado pelo Ministério da Saúde, que repele e mata o mosquito transmissor da Leishmaniose;
- Não deixe seu cão solto nas ruas;
-Vacine seu cão, existem vacinas que conferem até 95% de proteção;

Homens e animais juntos contra
a Leishmaniose e a favor da vida.

Leishamaniose acomete mais de 300 cães em Divinópolis #portalg37

Leishamaniose acomete mais de 300 cães em Divinópolis #portalg37: @PortalG37

Suspeita de surto de Leishmaniose gera preocupação em Alto Parnaíba (MA)

Sem um sistema de drenagem adequado, ruas centrais de Alto Parnaíba (MA) ficam alagadas sempre que chove forte
Segundo informações não oficiais, já que a Prefeitura de Alto Parnaíba se silencia sobre tudo o que é verdadeiramente de interesse público, alguns casos de leishmanioze teriam sido diagnosticados na cidade sul maranhense. Conheço um caso concreto, em que a paciente terá que receber oitenta injeções ou vacinas.

Doença transmitida por ratos, que, por si só, já significam sujeira, falta de higienização, a leishmanioze é comum em palafitas e em cidades sujas de países subsenvolvidos e mesmo em metrópoles europeias onde o lixo prolifera, como na Itália.

Em Alto Parnaíba, a proliferação de ratos é fato notório, especialmente pela sujeira de suas ruas, o que é visível e independe de comprovação, aliado a esgotos a céu aberto, à obra inacabada e danosa da Codevasf na implantação do sistema de esgotos sanitários, o lixo doméstico acumulado nas ruas pela ineficiência absoluta da Prefeitura em seu recolhimento, os bueiros e galerias sem limpeza, a água da chuva que invade avenidas, ruas e praças levando consigo o mato, a lama, o lixo e, enfim, a imundície.

Um ambiente favorável à proliferação dos mosquitos flebotomíneos, protozoários causadores da doença Leishmaniose
Não se pode negar que muitos proprietários de imóveis não cuidam adequadamente da higienização e limpeza de suas propriedades, a começar pelos quintais, muito comuns em cidades do interior brasileiro, assim como ocorre na próspera Alto Parnaíba.

No mais, a preocupação maior pela certeza absoluta que tenho, o que é compartilhado pela maoria da população, de que a atual administração municipal de Alto Parnaíba permanecerá omissa, silenciosa, o que é grave e não mais tolerável, deixando de lado por completo as necessidades públicas da comunidade.
Imagem: Reprodução

Vamos combater o mosquito. Não se pega Leishmaniose de cães ou de outros animais; só pela picada do protozoário
A DOENÇA – As maiores vítimas são crianças e idosos, podendo matar 10% dos portadores por anemia, insuficiência do baço e do fígado, hemorragia, diarréia e outras complicações.

Popularmente conhecida por calazar, a moléstia é transmitida através da picada de um mosquito. Na realidade, o processo de transmissão inicia com os cães, considerado o principal reservatório urbano da doença, que passam o vírus para o inseto ao ter o sangue sugado.
Fonte: Blog do Décio Rocha
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Escrito por José Bonifácio em 22/11/2011 às 22h51

22/11/2011 17:40
Ministério da Saúde critica autorização de vacina pelo Ministério da Agricultura
O coordenador-geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, José Ricardo Pio Marins, afirmou que o Ministério da Agricultura tomou a decisão de autorizar uma vacina contra a leishmaniose sem consultar o Ministério da Saúde. “Solicitamos mais dados sobre a segurança da vacina, que, se não for confirmada, o registro poderá ser cancelado”, disse.

O mestre em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e doutor em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Vítor Márcio Ribeiro, entretanto, contradisse o Ministério da Saúde, afirmando que há opções de vacinas seguras desenvolvidas no Brasil.

O relator do PL 1738/11, que estabelece uma política nacional de vacinação contra leishmaniose animal, deputado Mandetta (DEM-MS), questionou o fato de o Ministério da Agricultura ter reconhecido uma vacina contra a Leishmaniose há pouco mais de um mês. “Meu voto será técnico e baseado em dados científicos”, disse.

Durante a audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose, foi entregue ao relator um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas pedindo a aprovação do projeto.

Coleiras com inseticidas
Tanto Mandetta como o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) questionaram a possibilidade de adoção em massa de coleiras com inseticidas, conforme sugeriu Vitor Ribeiro. Pio Marins afirmou que o Ministério da Saúde estuda a viabilidade dessa medida.

Autor do projeto, o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) elogiou o debate e afirmou que as contribuições o deixaram mais seguro de que deve ser dada a opção de tratamento e vacina para os cães.

A reunião foi encerrada há pouco.

Tempo real:

16:36 – Especialista recomenda evitar contato de cães com transmissor da leishmaniose
16:29 – Sociedade de Medicina Tropical critica sacrifício de cães por leishmaniose
15:36 – Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães
Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Reportagem – Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

22/11/2011 16:36
Especialista recomenda evitar contato de cães com transmissor da leishmaniose
O mestre em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e doutor em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Vítor Márcio Ribeiro defendeu a eutanasia dos cães infectados somente em casos especiais e não indiscriminadamente. “Desde 1963, a medida mais anunciada de prevenção da leishmaniose no Brasil é a matança de cães e isso não impediu a proliferação da doença”, disse.

Ele recomenda o uso de tratamentos que evitem o contato dos cães com o mosquito vetor da doença, como inseticidas e coleiras com inseticidas. “Há tratamentos alternativos desenvolvidos em sociedades que não aceitam naturalmente o extermínio de animais”, disse.

O especialista participa de audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose.

A reunião ocorre no Plenário 7.

Tempo real:

16:29 – Sociedade de Medicina Tropical critica sacrifício de cães por leishmaniose
15:36 – Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães
09:25 – Audiência debaterá medidas de prevenção contra leishmaniose
Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Reportagem – Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

22/11/2011 15:36
Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães
O coordenador-geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, José Ricardo Pio Marins, afirmou que não há vacina que atenda os quesitos de segurança ou mesmo a relação custo/eficiência para ser adotada na prevenção à leishmaniose em cães. “Em 2007 reunimos todos os especialistas nacionais e chegamos à conclusão de que não há evidências suficientes da eficiência, portanto, o produto não está apto para uso”, explicou.

Pio Marins disse também que o tratamento dos cães com medicamentos para uso humano está proibido no Brasil.

Ele explicou que a eutanásia dos cães infectados com leishmaniose é uma medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Não existe transmissão da doença de homem para homem, o cão é o único hospedeiro”, esclareceu.

Pessoas com camisetas com os dizeres “Diga não ao sacrifício de cães” acompanham a audiência promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose.

A audiência ocorre no Plenário 7.

Tempo real:

09:25 – Audiência debaterá medidas de prevenção contra leishmaniose
Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Reportagem – Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

DEPUTADOS NÃO CONSEGUEM CONSENSO EM AUDIÊNCIA SOBRE A LEISHMANIOSE.

22/11/2011 16:29
Sociedade de Medicina Tropical critica sacrifício de cães por leishmaniose
O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa, apresentou estudos realizados no Espirito Santo, na Bahia e no Piauí que demonstram que não houve diminuição no número de pessoas infectadas por leishmaniose com o sacrifício de cães.

Ele recomendou a suspensão do programa de eliminação de cães por falta de evidências da sua efetividade. “Na Europa, por exemplo, não há o sacrifício de cães. Precisamos investir em pesquisas, no desenvolvimento de vacinas, inseticidas e coleiras com inseticidas”, defendeu.

Mestre em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais, Claudio Nazaretian Rossi informou que há medicamentos usados para tratamento da Leishmaniose na Europa. Ele explicou, no entanto, que há diferenças grandes no clima, no número de infectados e nas condições socioeconômicas em relação ao Brasil. “Aqui, é um problema de saúde pública, enquanto lá é um problema veterinário”. Em 2010, foram 3 mil pessoas infectadas no Brasil, enquanto na Europa foram apenas 100, segundo ele.

Os especialistas participam de audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose.

A reunião ocorre no Plenário 7.

Tempo real:

15:36 – Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães
09:25 – Audiência debaterá medidas de prevenção contra leishmaniose
Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Reportagem – Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Agência Câmara de Notícias’

Audiência mostra falta de consenso sobre vacina contra leishmaniose

22/11/2011 20:19

Larissa Ponce

Mandetta (D) criticou a ausência, no debate, de representante do Ministério da Agricultura.
Audiência pública realizada nesta terça-feira na Câmara mostrou a falta de consenso entre especialistas e o próprio governo sobre o uso de vacina e o tratamento contra leishmaniose animal. Uma vacina contra a doença foi registrada pelo Ministério da Agricultura sem que o Ministério da Saúde fosse ouvido.

A Comissão de Seguridade Social e Família, que realizou o debate, analisa o Projeto de Lei (PL 1738/11), que estabelece a política nacional de vacinação contra a doença. Atualmente, o Ministério da Saúde proíbe o tratamento de cães com leishmaniose com medicamentos para uso humano e determina o sacrifício desses animais.

Em 2010, cerca de 3,5 mil pessoas foram infectadas com a doença, que não é transmitida do homem para o homem. O cão é o único hospedeiro do parasita e o contágio se dá quando o mosquito vetor pica o cão doente e, depois, uma pessoa. A doença é letal e, segundo o Ministério da Saúde, o índice de mortes entre os pacientes tratados está em torno de 6%.

Organização Mundial da Saúde
O coordenador geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, José Ricardo Marins, informou que a eutanásia de cães é recomendada pela Organização Mundial da Saúde e que nenhuma vacina atende aos critérios de segurança e à relação custo-eficiência exigidos pelo governo brasileiro.

“Até o momento, nós não temos nenhuma comprovação de que há segurança no uso [da vacina] e que não vá haver transmissão para humanos a partir de cães vacinados. Essa política de eutanásia tem surtido efeito. Nos municípios mais infectados, houve uma queda de 50% no número de casos desde 2004, porém a doença continua se expandindo, porque novos municípios, que não tinham a transmissão, hoje têm”, afirmou Marins. Ele informou ainda que todas as instituições de pesquisa, inclusive, o Conselho Federal de Medicina Veterinária, concordam que a única forma confiável até hoje é a atualmente adotada pelo Brasil.

Vacina registrada
O relator do projeto, deputado Mandetta (DEM-MS), questionou o fato de o Ministério da Agricultura ter registrado uma vacina contra a doença. O Ministério da Saúde informou, no entanto, que não foi consultado sobre a medida e que o registro da vacina pode ser cancelado caso sua segurança não seja confirmada. Mandetta informou que vai buscar esses dados para subsidiar seu parecer.

“O grande ausente dessa audiência pública foi o Ministério da Agricultura, porque deu registro a essa vacina e esse registro deve ter sido baseado em ensaios clínicos. Então vamos chamar o ministério para que ele entregue o protocolo dessa vacina, apresentado pelos fabricantes, e que a gente possa, aí sim, à luz dos fatos científicos, fazer o relatório. Sem fatos científicos, a tendência maior é acompanhar a Organização Mundial da Saúde”, argumentou o deputado.

Polêmica
A política para enfrentamento da leishmaniose adotada pelo Brasil é polêmica. Pessoas vestindo camisetas com os dizeres “Diga não ao sacrifício de cães” acompanharam a audiência na Comissão de Seguridade.

Doutor em parasitologia pela Universidade de Minas Gerais, Vítor Ribeiro defendeu que seja dado o direito aos donos dos cães de optar pelo tratamento. “A eutanásia do cão é realizada na Europa em cima de uma decisão do proprietário, da gravidade da doença do animal, da possibilidade de ele cuidar do animal ou não, mas o tratamento assumido pelo proprietário é altamente viável”, explicou.

Leonardo Prado

Para Geraldo Resende, o debate confirmou que a opção do tratamento e vacina deve ser dada.
Tanto Mandetta como o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) questionaram a possibilidade de adoção em massa de coleiras com inseticidas, conforme sugeriu Vitor Ribeiro. Pio Marins afirmou que o Ministério da Saúde estuda a viabilidade dessa medida. Autor do projeto, o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) elogiou o debate e afirmou que as contribuições o deixaram mais seguro de que deve ser dada a opção de tratamento e vacina para os cães.

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa, apresentou estudos realizados no Espírito Santo, na Bahia e no Piauí que demonstram que não houve diminuição no número de pessoas infectadas por leishmaniose com o sacrifício de cães. Ele recomendou a suspensão do programa de eliminação de cães por falta de evidências da sua efetividade.

Representantes de organizações da sociedade civil, incluindo a Ordem dos Advogados do Brasil, pediram a palavra para defender a vacinação e o tratamento dos cães. Um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas foi entregue ao relator do projeto para que seja aprovada a vacinação de animais contra a leishmaniose.

Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Reportagem – Geórgia Moraes
Edição – Maria Clarice Dias

Audiência debaterá medidas de prevenção contra leishmaniose

A Comissão de Seguridade Social e Família realiza nesta terça-feira (22) audiência pública para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose. Segundo o projeto, essa vacinação será gratuita e realizada em todo o território nacional, a exemplo do que já ocorre no caso da vacina contra a raiva.

A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado. O cão doméstico pode ser hospedeiro do parasita – estima-se que, para cada caso em humanos, há uma média de 200 cachorros infectados. Há dois tipos da doença: a cutânea, caracterizada por feridas na pele, e a visceral, que ataca vários órgãos internos.

O debate foi sugerido pelo autor do projeto, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS); e pelo relator, deputado Mandetta (DEM-MS).

Geraldo Resende critica a atual política adotada pelo Ministério da Saúde, de eutanásia dos animais infectados. Para ele, a eutanásia não tem se mostrado eficaz, já que diversos estados apresentam surtos de leishmaniose.

Segundo o projeto, os cães e gatos infectados pela leishmaniose poderão receber tratamento em clínicas particulares. Caso não existam medicamentos específicos para os animais, os médicos veterinários poderão utilizar em cães os remédios destinados ao combate da doença em seres humanos.

Campanhas de esclarecimento
O Projeto de Lei 1738/11 também prevê a realização de campanhas de esclarecimento sobre a doença, orientação sobre a vacinação e sobre precauções a serem tomadas pelos proprietários dos animais.

O relator do projeto, deputado Mandetta, lembra que a leishmaniose visceral é uma doença crônica grave, potencialmente fatal para o homem. “O Brasil enfrenta há algum tempo a expansão e urbanização da leishmaniose visceral, com casos humanos e grande número de cães positivos em várias cidades de grande e médio porte. O ciclo de transmissão, que anteriormente ocorria no ambiente silvestre e rural, hoje também se desenvolve em centros urbanos. Situação muito preocupante e que necessita ser colocada em discussão, para que sejam encontradas medidas que possam vir a controlar esse cenário.”

Foram convidados para a audiência:
- o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique
Nery Costa;
- o coordenador-geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, José Ricardo Pio Marins;
- o mestre em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e doutor em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Vítor Márcio Ribeiro;
- o mestre em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais, Claudio Nazaretian Rossi.

A audiência será realizada às 14h30, no Plenário 7.

Íntegra da proposta:

PL-1738/2011
Da Redação/PT

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Palestra sobre Leishmaniose no Anfiteatro da USP

Nos meses de Novembro e Dezembro, serão realizadas duas palestras sobre a Leishmaniose na FMVZ/USP, sendo que uma delas será com o americano Colin Harvey.

Abaixo seguem as datas e locais:

Palestra sobre Leishmaniose

Data: 23 de novembro, à noite

Local: Anfiteatro Altino Antunes, na FMVZ/USP

Palestra sobre Leishmaniose com Colin Harvey

Data: 12 de dezembro, à noite

Local: Anfiteatro Altino Antunes, na FMVZ/USP

É HOJE A FEIRA DE ADOÇÃO EM SÃO CAETANO. VEJA QUEM ESTÁ ESPERANDO POR VOCÊ!

Bazar de Natal em prol dos Animais

Cachorro eutanasiado sem dó em Presidente Prudente


Em setembro postei aqui a história da TATIANA DIAS de Presidente Prudente e seu cão PLUTO, ele foi eutanasiado após um exame de sorologia de leishmaniose. A região é endêmica e embora Tatiana tivesse mostrado as autoridades todos os documentos necessários para salvar a vida do pluto, eles simplesmente ignoraram e levaram o cachorro ameaçando com uma ordem judicial de prender a mãe dela. A Mãe tem problemas depressivos e apo´s isso, ela está pior.

Agora Tatiana move um processo.

Relembrem a postagem e o caso. um absurdo!

Veja a triste história da Tatiana Dias que teve que entregar seu FIEL AMIGO PLUTO PARA A EUTANÁSIA….UM ABSURDO….ENQUANTO ISSO…o Ministério da Saúde faz vista grossa e se recusa a enxergar que somos retrogrados e que matar não resolve. Já que vão fazer uma campanha contra a dengue, no mesmo pacote já deveriam colocar a leishmaniose conscientizando as pessoas da prevenção. Nem é preciso gastar com isso onde falam de uma, falam de outra….ou será que deveremos fazer uma fila de pessoas se entregando para serem mortas por causa da dengue…? A CENA É QUASE A MESMA, SÓ QUE NÓS PODEMOS NOS UNIR E LUTAR PARA QUE ISSO MUDE O COITADO DO CÃO NÃO!! VAMOS NOS UNIR JUNTOS SOMOS MUITO MAIS FORTES.

Marli

Por Tatiana Dias

Tudo começou em meados de 2010 quando o CCZ foi em minha residência em Presidente Prudente e coletou sangue dos meus três cachorros para fazer o exame de Sorologia para a Leishmaniose. Expliquei ao veterinário que um dos meus cães estava vacinado, que eu tinha toda documentação para comprovar e não ia deixar que o material fosse coletado pois estava com receio de um resultado falso-positivo por conta da vacina. O mesmo foi ríspido comigo, discutimos a respeito da doença , vacinação e sobre o resultado do exame, mas infelizmente ele coletou sangue dos animais, alegando que se o resultado fosse positivo, mais exames seriam feitos para confirmar.

No entanto, algumas semanas depois, o CCZ retornou à minha residência, sem o laudo laboratorial, com o oficial de justiça e um mandado de busca e apreensão dizendo que o meu cachorro vacinado para Leishmaniose, Pluto, era portador da doença. Foi quando o levaram para o CCZ para realizar a eutanásia.

Com isto, contratamos uma advogada para pleitear a defesa diante deste caso juntamente com isto foi solicitado ao magistrado uma contra-prova, pois o exame feito pela prefeitura não é específico para a doença, com grandes chances de termos um resultado falso-positivo. Mesmo diante de tal controvérsia, o procedimento foi deferido pelo magistrado, afim de que sejam feitos os exames, por nossa conta, para confirmar a suspeita de tal resultado positivo.

Para nossa felicidade, em Setembro de 2010 recebemos os laudos dos 4 exames específicos com resultados negativos. Todos foram realizados em laboratório idôneo, conceituado na área veterinária.

O juiz Paulo Alonso não se contentando com os laudos apresentados pela requerida, não liberou o animal mesmo diante destas provas e exames muito mais confiáveis que o realizado pela prefeitura. Diante disto solicitou a nomeação de uma médica perita na área de veterinária para que fosse feito uma perícia médica para uma melhor convicção. Os exames foram realizados cerca de 7 (sete) meses após a realização dos primeiros que nós solicitamos, e mesmo após esse período o Pluto continuava sadio, pois os exames mais importantes deram negativo. Somente o de sorologia, o mesmo exame realizado pela prefeitura, deu positivo, o que não deve ser conclusivo para o diagnóstico da doença, visto sua baixa especificidade para tal.

Ao final dessa perícia a médica veterinária não foi conclusiva ao responder os quesitos apresentados por ambas as partes, relatou as características e perigos da doença, inclusive apontando sintomas característicos da doença, tais como estresse do cão por estar em cárcere, queda de pêlos, unhas grandes e falha na orelha. Logo nota-se que são sintomas de qualquer animal em estresse, e não característicos de Leishmaniose. A falha na orelha citada por ela é nada mais que o resultado de uma briga com outros cães, jamais trata-se de uma ferida sintomática comum em cães com Leishmaniose. Os sintomas da doença em questão são muito agressivos, deixando o animal debilitado, o que não era o caso.

Logo em seguida o meu veterinário, Dr. Fábio S. Nogueira de Andradina/SP, fez uma defesa sobre diversos itens que a perita citou, concordando ou não com os comentários, as respostas aos quesitos e laudo. Ele cita através de termos técnicos que a perita não pode afirmar que tais características são sintomas da doença, pois trata-se de um animal em situação de estresse. Este Médico Veterinário é renomado e muito respeitado na área, com Doutorado em Leishmaniose pela Unesp de Botucatu.
Com base na conclusão da perita o juiz julgou como procedente o pedido do Município de Presidente Prudente, proferindo a sentença no dia 06/09. Após a sentença temos 15 dias a partir da data de sua publicação (terça dia 13/09) para recorrer, então tínhamos tal período de 15 dias para entrar com recurso de apelação junto aos tribunais superiores, pleiteando pela improcedência do pedido. Mas infelizmente ficamos sabendo pela internet, por uma matéria em um link do jornal local O Imparcial, que o procedimento da eutanásia tinha sido efetuado em um cão com as descrições do Pluto. Diante de tal fato, nosso advogado ligou no CCZ de Presidente Prudente afim de dirimir sobre tal notícia, a qual foi confirmada. Estávamos tranqüilos, pois trata-se de um prazo legal que temos, é nosso direito e o processo ainda estava em andamento quando o animal foi sacrificado.

Na matéria o veterinário diz que o animal estava em quarentena, mas não estava. Ele estava em uma baia comum ao lado de outros animais com suspeita de leishmaniose, e o local não era telado. Também vale ressaltar que quando coletamos material para fazer a contra-prova, o veterinário do CCZ estava presente o tempo todo. Já quando a perita fez os exames, o nosso veterinário (Dr. Fabio) não estava presente. E a maioria dos exames foram feitos na Unoeste, instituição do município de Pres. Prudente, outra parte do processo. Esses exames deveriam ter sido coletados nas mesmas condições que os feitos por nós, particular, para confirmar a idoneidade e imparcialidade do laboratório.

Vacinação contra leishmaniose poderá ser obrigatória para cães e gatos

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 1738/11, do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose em todo o território nacional, a exemplo do que já ocorre no caso da vacina contra a raiva. Essa vacinação será gratuita e fará parte de uma política nacional instituída pelo projeto a fim de prevenir e controlar a doença.

Se aprovada e virar lei, essa política será desenvolvida conjuntamente pela União, pelos estados e pelos municípios. Entre outras ações, ela compreenderá campanhas de esclarecimento sobre a doença e de vacinação gratuita.

Contaminação por humanos

A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado, conhecido como mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha, conforme a localidade. Há dois tipos da doença: a cutânea, caracterizada por feridas na pele, e a visceral, que ataca vários órgãos internos.

A doença afeta principalmente cães, mas também animais silvestres e urbanos como gatos, ratos e seres humanos. Estima-se que, para cada caso em humanos, há uma média de 200 cachorros infectados.

A leishmaniose visceral canina é considerada mais importante que a doença humana, uma vez que, além de ser mais prevalente, há um enorme contingente de cães infectados com o parasita cutâneo, que terminam servindo como fonte de contaminação para os mosquitos vetores. Por isso, o cachorro doméstico é o principal reservatório do parasita.

“Com a argumentação de que a carência econômica existente no país aumenta o contingente de humanos susceptíveis, em decorrência principalmente da desnutrição e condições inadequadas de vida, o sacrifício dos cães tem sido nas últimas quatro décadas a base de controle adotada no Brasil”, afirma o autor do projeto, explicitando que, no Brasil, todos os cachorros comprovadamente acometidos pela doença são sacrificados.

Menos sacrifícios

Ainda segundo o projeto, os cães e gatos infectados pela leishmaniose poderão receber tratamento em clínicas particulares. Caso não existam medicamentos específicos para os animais, os médicos veterinários poderão utilizar remédios destinados ao combate da doença em seres humanos.

Com as medidas propostas, Geraldo Resende espera evitar a contaminação e o consequente sacrifício de animais, além de tornar facultativo o tratamento dos infectados.

Citando a opinião do médico veterinário Paulo Tabanez, mestre em imunologia pela Universidade de Brasília, Resende diz ainda que os gastos com captura, exames e eutanásia poderiam ser direcionados para o combate ao mosquito transmissor da doença, em vez de se dizimar a população de animais doentes.

O deputado Geraldo Resende informa ainda que o Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul recomendou a revogação da portaria que não permite o tratamento da doença em cães com medicação humana (portaria interministerial 1.426/08).

Fiscalização
Conforme a proposta, caberá aos órgãos governamentais fiscalizar as condições de conservação e distribuição das vacinas oferecidas ao comércio. As que forem consideradas duvidosas para consumo poderão ser apreendidas e inutilizadas. Também poderá ser suspenso o credenciamento dos revendedores de vacinas que não cumprirem a legislação.

Pelo texto, as despesas decorrentes da execução da lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias e de recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos firmados com entidades, organismos ou empresas.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Esta notícia:http://www.crmv-mt.org.br/noticias/noticia.asp?id=233

Cão com suspeita de Leishmaniose circula livremente em Alto Araguaia – MT


Há várias semanas a Rádio Aurora FM vem recebendo algumas denúncias referente ao animal

Flávia Keusany – Repórter

A Leishmaniose Visceral Canina, doença que é transmitida através da picada de um mosquito (flebótomos) e que geralmente acomete cães sadios e, que ainda, tem o poder de acometer humanos com imunidade baixa, crianças, idosos e pessoas doentes, parece não ser levada a sério no município de Alto Araguaia.

Há várias semanas a Rádio Aurora FM vem recebendo algumas denúncias de que um cachorro com suspeita de Leishmaniose vem circulando livremente pela cidade de Alto Araguaia.

Na manhã desta quarta feira (16 de novembro) a reportagem do site ANDREDAFM registrou o cachorro circulando na Avenida Carlos Hugueney, próximo a ponte que liga Alto Araguaia e Santa Rita.

O animal de propriedade desconhecido vem circulando há várias semanas pela cidade. O cão aparenta ter idade avançada. Fica aqui a denúncia para que as autoridades competentes tomem as devidas providências para prender o cão e evitar que a doença passe para outro animal e até mesmo seres humanos.

http://www.andredafm.com.br/noticias/cao-com-suspeita-de-leishmaniose-visceral-canina-circula-livremente-em-alto-araguaia.html

Outono e Inverno são as épocas ideais para fazer o rastreio da leishmaniose canina

Se o cão não for portador da doença, agora é a altura do ano ideal para lhe dar uma protecção duradoura contra a leishmaniose canina.
Sendo Portugal uma área fortemente endémica, o plano de vacinação contra a leishmaniose canina deve ser iniciado durante estas estações. Deste modo, o cão poderá enfrentar a época de maior perigo com um nível elevado de defesas.
Um pequeno mercado e o tamanho particular do território português foram factores determinantes na decisão da Virbac de distribuir as primeiras doses disponíveis em Portugal. Com o aumento da capacidade de produção da vacina, a França tornou-se, desde o passado dia 19 de Setembro, o segundo país europeu onde esta se encontra disponível. À semelhança do primeiro, a adesão por parte dos donos tem sido substancial, particularmente nas regiões a Sul onde a doença é dominante.
No seguimento da França, a vacina será lançada no início de 2012 em Espanha e na Grécia, dois outros países europeus onde o risco de infecção é particularmente elevado.

São Caetano promove feira de adoção de animais neste sábado

A Prefeitura de São Caetano do Sul promoverá neste sábado (19/11), das 10 às 16 horas, mais uma edição da feira de adoção de cães e gatos que integra a campanha AdoCão, uma atitude que é o bicho. O evento será realizado na sede do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Rua Justino Paixão, 141, no Bairro Mauá. Os interessados em levar os animaizinhos para casa devem ter mais de 18 anos e apresentar RG, CPF e comprovante de residência – não é necessário ser morador de São Caetano.

A medida realizada pela Prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), conta com o apoio das ONGs NIPA Arca de Noé e Associação Protetora dos Animais de São Caetano Sul (APASCS).

Hotsite – A Prefeitura de São Caetano do Sul conta com um hotsite (http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/adocaodeanimais/) que contém fotos e características dos animais que estão abrigados no Centro de Controle de Zoonoses da cidade, prontos para serem adotados – todos já receberam as vacinas polivalentes e antirrábica, além da vermifugação. Os machos, na sua maioria, já foram castrados. O internauta também pode encontrar diversas informações relacionadas à causa animal como posse responsável, feiras de adoção, vacinação, primeiros socorros, legislações relacionadas ao bem-estar dos animais e a possibilidade de realizar denúncias sobre maus-tratos, além de sugestões.

A população de São Caetano conta também com uma Unidade Móvel de Ações Veterinárias – “Pet Bus”. Com uma moderna estrutura e finalidade preventiva e educativa, o equipamento, que está semanalmente em diversos pontos da cidade, objetiva promover ações como vacinação antirrábica, fornecer orientações, além de estimular a posse responsável de animais. O Pet Bus tem em sua estrutura todo o material necessário para a realização de campanhas de vacinação, um lavatório e uma maca para atendimento dos animais.

Da Redação
(17/11/11)

Goiânia: GOIÂNIA SERÁ CIDADE-PILOTO PARA TESTE RÁPIDO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA | Correio Cidadão

Goiânia: GOIÂNIA SERÁ CIDADE-PILOTO PARA TESTE RÁPIDO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA | Correio Cidadão

Audiência Pública para debater o Projeto de Lei 1738/2011 do Deputado Federal Geraldo Resende

Colaborou : Vivi Vieri de Jales – SP

Na próxima terça-feira (22), será realizada na Câmara, às 14h30, uma audiência pública para debater o projeto de lei 1738/11, que dispõe sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose. O relator é contrário a políticas públicas e favorável à eutanásia dos animais. A aprovação desse projeto pode significar um avanço enorme para a causa animal. Você que está em Brasília se organize e participe! Não podemos deixar passar este momento tão importante!!

Pauta
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA EM 22/11/2011 às 14h30 – C O N F I R M A D A

REUNIÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
(Requerimentos nºs 105/11 e 107/11 dos
Deputados Mandetta e Geraldo Resende)

TEMA:

“Debater o Projeto de Lei n°1.738, de 2011 que dispõe sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose animal e discutir a situação da Leishmaniose Visceral no Brasil”.

CONVIDADOS:

CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

JOSÉ RICARDO PIO MARINS
Coordenador Geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde

VÍTOR MÁRCIO RIBEIRO
Mestre em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e Doutor em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais

Se preferir acesse:
http://www.camara.gov.br/internet/ordemdodia/ordemDetalheReuniaoCom.asp?codReuniao=27706

Exame para confirmar se criança morreu por leishmaniose pode sair em 30 dias

Escrito por Campo Grande News
Qua, 09 de Novembro de 2011 16:20

O exame que vai confirmar se o menino de 1 anos e 8 meses morreu em decorrência de leishmaniose pode sair em 30 ou até 50 dias. A Secretaria de Saúde do Estado informou que o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) recolheu material para exame no dia 27 de outubro, data em que a criança veio de Três Lagoas para o Hospital Universitário em Campo Grande.

O resultado deste exame deu indeterminado o que levou a Secretaria a encaminhar o material para o hospital de referência em leishmaniose em Belo Horizonte, Minas Gerais. Por conta disso o prazo máximo para o resultado é de 50 dias.

Caso esta morte seja confirmada será o 7° óbito só neste ano. Até hoje foram registrados 441 notificações e 215 confirmações de leishmaniose visceral.

O menino morreu no último domingo no Hospital Universitário de Campo Grande. De acordo com a Assessoria de Comunicação de Três Lagoas, a criança apresentava sintomas próprios de quem contraiu leishmaniose: febre, palidez, aumento do baço e icterícia.

Quando ainda apresentava suspeita de uma simples gripe com febre, a criança passou pelo Pronto Atendimento em Três Lagoas, no dia 24 de outubro, mas retornou no dia 26 já com palidez, aumento do baço e icterícia.

Segundo a Prefeitura, a criança foi imediatamente encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, no mesmo dia, onde chegou a ser internada.

Logo na madrugada do dia seguinte, ela foi transferida para ser internada no HU, onde foi confirmada a suspeita de leishmaniose.

É o primeiro óbito por leishmaniose neste ano em Três Lagoas. No ano passado, segundo a Prefeitura, foram registrados 17 casos da doença e duas mortes.

Vascina preventiva da Leishmaniose

Por Vivi Vieri

Vacina não deixa cão POSITIVO!!! Já foi dito tantas vezes….Vacinas devem ser vistas como um meio de prevenção importante, assim como os repelentes.
A vacina Canileish foi tão aplaudida na Europa, foi vista como um arma a mais para prevenir a doença, aqui no Brasil prevenção é coisa rara e ainda criticam…

http://www.camara.gov.br/internet/radiocamara/default.asp?lnk=SAIBA-MAIS-SOBRE-O-CONTROLE-DE-ZOONOSES-0840&selecao=MAT&materia=129411&programa=132

Resumo
Na reportagem de hoje, vamos saber um pouco mais sobre o controle de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas a humanos direta ou indiretamente por animais.
Gatos são seres independentes, que prezam sua privacidade acima de tudo. Cães são mais apegados às pessoas. Gostam de contato constante com os humanos e detestam estar sozinhos. Mas os dois gostam de liberdade. O problema é que a liberdade, em uma grande cidade, pode significar risco, não só de sofrer acidentes, mas também de contrair doenças. É por isso que levar os cães a um local onde possam brincar é muito importante para que eles não desejem sair por conta própria.

Quanto maior o número de animais nas ruas, maior o risco de expansão de doenças como a leishmaniose visceral. A doença é causada pelo protosoário Leishmania Chagasi e é transmitida pelo mosquito flebótomo. Esse mosquito tem um vôo curto e baixo. É por isso que os cachorros, que andam mais próximos do chão, são mais afetados pela doença do que os humanos.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maerovich, alerta para o fato de que a doença vem avançando em outras áreas do país.

“A doença vem se expandindo, ela, há alguns anos atrás, era praticamente restrita à região Nordeste, isso coisa de 20, 25 anos atrás, mas de lá para cá, houve uma expansão muito grande especialmente para as regiões Centrooeste e Sudeste, atingindo inclusive algumas cidades importantes do estado de São Paulo, do estado de Minas Gerais, do estado da Bahia… “

Embora não haja cura para a leishmaniose, existem no mercado duas vacinas para prevenir a doença em cães. Embora tenham sido liberadas pelo Ministério da Agricultura, órgão responsável pelo licenciamento de medicamentos veterinários, a vacina não é recomendada pelo Ministério da Saúde. Cláudio Maerovich explica os motivos:

“A experiência anterior que havia, até a própria experiência internacional, é com vacinas de eficácia relativamente baixa. E aí o que acontece? O cão é vacinado e o exame dele, por causa da vacina, passa a ser positivo para anticorpos contra o agente da leishmaniose. No entanto, essa positividade, ou seja, essa reação de defesa do cão, pode não ser suficiente para que ele não seja portador da leishmania. E aí, numa localidade onde a presença da doença em humanos é alta e se faz o inquérito entre os cães, se houver cães vacinados, não se sabe se o exame é positivo porque o cão tem a doença ou porque ele tomou a vacina.”

Cláudio Maerovich afirma que o Ministério da Saúde promove uma série de ações para o combate das principais zoonoses, como campanhas de esclarecimento junto à população e as campanhas para a vacinação antirrábica em todo o país. No entanto, segundo ele, o Ministério da Saúde continua avaliando que o sacrifício dos cães infectados pelo protosoário da leishmaniose é a melhor forma de controlar a expansão da doença.

“A experiência que tem tido no Brasil, inclusive aqui em Brasília, é de que se consegue a interrupção da cadeia de transmissão com essa estratégia. Aqui em Brasília mesmo, nós tivemos vários casos alguns anos atrás, que foi um episódio que mostrou a presença da doença, e esse ciclo foi interrompido com a estratégia de sacrifício dos animais infectados.”

Quanto à possibilidade de tratamento da leishmaniose em cães, como é feito nos humanos, Cláudio Maerovich discorda da prática e diz que não se pode garantir, ou ter a expectativa, da eliminação do papel desse cachorro como reservatório que mantém o ciclo da doença.

Mas como explicar a alguém que trata seu animal de estimação como membro da famíla que seu cão é um reservatório de uma doença letal? Ou será que o cão pode ser chamado de reservatório da leishmaniose, mesmo morrendo por causa dela? É o questionamento que fazem muitos médicos veterinários no Brasil. Em seu último congresso, a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, Anclivepa, divulgou uma carta na qual recomenda o tratamento da leishmaniose visceral canina e condena a posição do Ministério da Saúde em favor da eutanásia. A diretora científica da regional da Anclivepa no Distrito Federal, Simone Bandeira, explica a posição da entidade:

“A leishmaniose não é uma doença brasileira. É uma doença mundial. E no mundo inteiro, os cães com leishmaniose são tratados. Só no Brasil existe essa política de eutanásia, que, já está mais do que provado, é ineficaz como meio de controle da doença. Porque se você não combate o vetor da doença, que é o mosquito, o cão é tão vítima quanto o homem. Então você sacrificar os cães e não fazer o controle adequado do mosquito, não vai nunca surtir efeito para que a doença não avance na população humana.”

A médica veterinária rebate a posição do Ministério da Saúde de que o cão tratado não consegue deixar de ser transmissor da doença.

“Consegue sim. Se não conseguisse, não teria sentido você tratar nenhum animal, nem aqui nem no resto do mundo. Mas o animal tratado consegue tranquilamente não oferecer risco para um ser humano. Você diminui a carga parasitária, você diminui a parasitemia, e você diminui o número de parasitos presentes na pele, que é o que vai realmente oferecer risco para o ser humano.”

Com a idéia de mudar esse conceito sobre a melhor forma de controlar a leishmaniose visceral canina, o deputado Geraldo Resende, do PMDB do Mato Grosso do Sul, apresentou um projeto que retira a obrigatoriedade da eutanásia dos cães soropositivos, permitindo que, se desejarem, os donos possam tratar seus animais. O parlamentar explica os fatores que contribuíram para a apresentação da proposta:

“Verificamos que a eutanásia dos animais, além de dolorosa para os proprietários, não é eficaz. Além disso, obtivemos a informação de que a leishmaniose animal, embora não tenha cura, é tratável e que, em vários países, isso ocorre. Procuramos o Ministério da Saúde, verificamos que não existe uma política de prevenção, de vacinação, como existe na raiva animal, e que a orientação que o Ministério dá às secretarias estaduais e municipais de saúde é para o sacrifício desses animais. Diante disso, decidimos então apresentar o projeto.”

Geraldo Resende explica ainda os principais objetivos do projeto de lei.

“Queremos instituir uma política nacional de vacinação contra a leishmaniose animal, a exemplo da raiva animal, que o Brasil conseguiu erradicar, graças à política de prevenção adotada. Além disso, o projeto prevê que os cães infectados possam ser tratados nas clínicas veterinárias. Hoje, quando o cão é diagnosticado soropositivo, o veterinário é proibido de fazer o tratamento, devendo notificar a secretaria de saúde, para que o animal seja sacrificado, o que, para nós, é uma medida muito radical.”

Nesse embate de idéias sobre o controle da leishmaniose, duas questões são muito importantes: a primeira é de que a opinião a favor da eutanásia dos cães infectados não é unânime. A segunda é que, de acordo com o próprio Ministério da Saúde, a leishmaniose vem avançando e atingindo cada vez mais regiões do país. É de se perguntar se os milhares de cães sacrificados todos os anos no Brasil não estão morrendo em vão.

De Brasília, Edson Junior.

[Assembleia Goiás] Encerrada audiência sobre leishmaniose visceral

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Assembléia Legislativa de Goiás promove audiência pública sobre Leishmaniose

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